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Super Mundial de Clubes não terá ‘mini campos’ como a Copa América; entenda

A Fifa vai organizar em 2025, nos Estados Unidos, seu primeiro torneio com 32 clubes, mas a dimensão dos gramados será a habitual, não a menor usada na Copa América

Hard Rock Stadium, em Miami e casa do Miami Dolphins na NFL, deverá receber jogos do Mundial de Clubes em 2025

O Super Mundial de Clubes da Fifa será disputado em 2025 nos Estados Unidos em estádios com gramados nas dimensões padrão da Fifa, de 105m x 68m. Palmeiras, Flamengo e Fluminense são os brasileiros já garantidos entre os 32 participantes.

A inédita competição ocorrerá entre 15 de junho e 13 de julho do ano que vem em boa parte dos estádios da Copa América de 2024 preparados com campos com tamanho inferior ao habitual, de 100m x 64m, e que tem recebido críticas de jogadores e treinadores.

A organização da Copa América, com aprovação da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), padronizou o tamanho dos campos em 100m x 64m. A explicação para o tamanho menor, mas dentro do limite das regras de futebol, é porque 11 das 14 arenas que estão incluídas na Copa América são majoritariamente usadas pela NFL, a principal liga de futebol americano. As dimensões do campo para partidas dessa modalidade são menores.

A Copa América tem organização principal da Conmebol, com auxílio da US Soccer, a Federação dos Estados Unidos, e da Concacaf (Confederação das Américas do Norte e Central). Para não precisar mexer neste momento na estrutura dos 11 estádios da NLF que estão sendo usados, essas duas associações pediram para a Conmebol que o tamanho dos campos fosse menor, o que foi autorizado.

Para o Mundial de Clubes, a Fifa exige que seu tamanho padrão de gramado, de 105m x 68m, seja o usado, por isso toda as arenas da NFL que sejam utilizados terão que passar por algum tipo de modificação estrutural.

Os estádios que serão sedes do torneio ainda não foram anunciados. O plano é utilizar até 12 equipamentos, mesclando arenas maiores, que são usadas pela NFL, com equipamentos menores, que aparecem na MLS, a liga número 1 do “soccer” por lá, como os estadunidenses chamam nosso futebol.

Por questões comerciais e de logística, o Mundial de Clubes será jogado prioritariamente na Costa Leste dos Estados Unidos. Visa ter um fuso horário melhor ao mercado europeu, continente que terá 12 times participantes.

Mas também é preciso “dividir” o país porque no mesmo período estará ocorrendo a Copa Ouro, o torneio de Seleções da Concacaf (Confederação das Américas do Norte e Central), e que terá partidas majoritariamente na Costa Oeste.

O novo Mundial

A direção da federação internacional projeta uma receita de US$ 2,5 bilhões (R$ 12,4 bilhões) para o novo Mundial de Clubes.

O torneio será quadrienal, com a seguinte distribuição de vagas: 12 da Europa, seis da América do Sul, quatro das Américas do Norte e Central, quatro da África, quatro da Ásia, um da Oceania e outro representante do país-sede.

Os clubes serão divididos em oito grupos de quatro equipes, com os dois primeiros de cada passando para as oitavas de final, e a partir daí os confrontos serão eliminatórios, até a final.

Os 29 times já classificados para o Super Mundial:

América do Sul (6 vagas)

  • Palmeiras - campeão da Libertadores de 2021
  • Flamengo - campeão da Libertadores de 2022
  • Fluminense - campeão da Libertadores de 2023
  • River Plate (Argentina) - via ranking

Europa (12 vagas)

  • Chelsea - Inglaterra
  • Real Madrid - Espanha
  • Manchester City - Inglaterra
  • Porto - Portugal
  • Benfica - Portugal
  • Inter de Milão - Itália
  • PSG - França
  • Bayern de Munique - Alemanha
  • Borussia Dortmund - Alemanha
  • Juventus - Itália
  • Atlético de Madrid - Espanha
  • RB Salzburg - Áustria

Américas do Norte e Central (4 vagas)

  • Monterrey - México
  • Seattle Sounders - EUA
  • León - México
  • Pachuca - México

África (4 vagas)

  • Al-Ahly - Egito
  • Wydad Casablanca - Marrocos
  • Espérance - Tunísia
  • Mamelodi Sundowns - África do Sul

Ásia (4 vagas)

  • Al-Hilal - Arábia Saudita
  • Urawa Red Diamonds - Japão
  • Ulsan Hyundai - Coreia do Sul
  • Al Ain (Emirados Árabes)

Oceania (1 vaga)

  • Auckland City - Nova Zelândia
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Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.