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Torcida do São Paulo sofre racismo em jogo contra o Atlético Nacional; veja

Casos ocorreram no confronto entre os times pelas oitavas de final da Libertadores, na Colômbia, na última terça-feira (12)

Torcedor do Atlético Nacional imita macaco para torcida do São Paulo

Torcedores do São Paulo foram vítimas de racismo no jogo contra o Atlético Nacional-COL, na última terça-feira (12), na partida de ida das oitavas de final a Copa Libertadores disputada na Colômbia.

Um torcedor do time colombiano imitou um macaco em direção aos tricolores, nas arquibancadas do Estádio Atanasio Girardot, em frente a um policial. Assista abaixo.

Outra imagem, divulgada pela “CNN”, mostra que mais um torcedor do Atlético Nacional imitou macaco para a torcida do São Paulo.

O São Paulo não se posicionará oficialmente neste momento. No início da Libertadores 2025, o clube encaminhou para Fifa e Conmebol uma proposta com diversas sugestões de punições para casos de racismo no futebol.

Torcedor do Atlético Nacional flagrado supostamente imitando macaco para são-paulinos

De acordo com o código disciplinar da entidade máxima do futebol sul-americano, o clube cujo torcedor for flagrado praticando atos discriminatórios receberá multa de 100 mil dólares (cerca de R$ 539 mil). Em caso de reincidência, a penalidade aumenta para US$ 400 mil (aproximadamente R$ 2,1 milhões).

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As propostas do São Paulo para punições de casos de racismo

  1. Perda de pontos: Clubes cujos representantes, torcedores ou membros da comissão técnica cometerem atos de racismo devem perder no mínimo três pontos no campeonato em disputa, reduzindo-se para um ponto apenas se houver identificação e punição criminal dos responsáveis. Racismo não pode ser tratado como infração administrativa, mas como um crime.
  2. Sanções financeiras efetivas: O valor mínimo da multa para atos de discriminação racial deve ser de 500 mil dólares, reduzindo-se para 100 mil dólares apenas se houver identificação e punição criminal dos responsáveis.
  3. Em casos de reincidência: Clubes reincidentes devem ser eliminados das competições em que estejam participando A impunidade não pode mais ser um fator que encoraje novas ocorrências.
  4. Responsabilização dos árbitros: Árbitros que não aplicarem corretamente o Protocolo de Racismo da FIFA devem ser sancionados, e a associação responsável pela arbitragem deve ser multada. Não podemos permitir que situações de racismo sejam ignoradas em campo.
  5. Registro de infratores: Criação de um cadastro de torcedores, atletas, dirigentes e membros de comissão técnica envolvidos em atos racistas, para que medidas adicionais possam ser aplicadas contra reincidentes.
  6. Transparência nas punições: Os processos disciplinares e suas decisões devem ser públicos e amplamente divulgados, garantindo que as punições tenham efeito pedagógico e preventivo. O futebol sul-americano, com sua rica história e paixão, não pode mais ser manchado por atos de racismo sem que haja punição severa e proporcional à gravidade da conduta.
Rafael Oliva é formado em Jornalismo pela PUC-SP, pós-graduando em Marketing e Mídias Digitais pela FGV e produtor audiovisual. Passou por Lance! e Câmara Municipal de São Paulo. Já cobriu o dia a dia de Santos, Palmeiras e diversos eventos esportivos na cidade de São Paulo. Na Itatiaia, cobre Palmeiras, São Paulo e outros esportes na capital paulista.