O presidente do
O mandatário pediu a divulgação do áudio das conversas entre Ramon Abatti Abel e os responsáveis pelo VAR, comandado por Ilbert Estevam da Silva. A princípio, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) só disponibiliza áudios de lances revisados pela arbitragem, o que não aconteceu nos lances específicos do clássico.
Casares classificou os acontecimentos do “Choque-Rei” como “lamentáveis”. O São Paulo protesta contra um pênalti não marcado em Gonzalo Tapia e a falta de cartão vermelho para Andreas Pereira pelo pisão em Marcos Antonio.
Julio Casares, presidente do São Paulo
“Venho mais uma vez me manifestar a respeito dos lamentáveis fatos ocorridos ontem no Murumbis, no jogo contra o Palmeiras, pelo Brasileirão. Foram cinco vídeos, claros, onde a tecnologia entrou em campo, mas a falta de diálogo ou a omissão ou a falta de firmeza técnica do árbitro e do árbitro do VAR trouxe um prejuízo ao São Paulo. O São Paulo poderia ter um pênalti a favor, claro, além de jogar com um atleta a mais, como foi em Fortaleza, onde nós dissemos que foi merecida a expulsão do Rigoni, mas aqui no Murumbis o critério foi outro”, iniciou.
"É o momento de ser firme. Eu apoiei o presidente (da CBF) e apoio pela sua juventude, pelo seu idealismo e é uma pessoa bem intencionada. Mas existe um protocolo de não ceder os áudios quando o VAR não chamar o árbitro de campo para o monitor. Presidente, vamos quebrar o protocolo. Precisamos do áudio para imaginar o que aconteceu, se houve ou que tipo de diálogo aconteceu entre a cabine do VAR e o árbitro de campo. Não é só São Paulo, é o futebol brasileiro quem quer saber desse áudio. Não é só o presidente do São Paulo, mas sim a comunidade esportiva”, seguiu.
“A nossa arbitragem está chegando no fundo do poço. Vamos mostrar que esse áudio é o começo de uma mudança. Ontem eu soube da nota do afastamento do árbitro de campo e do árbitro de VAR. oi uma medida correta, mas não pode ficar apenas numa suspensão”, afirmou Casares.
Além de cobrar a divulgação dos áudios, Julio Casares sugeriu que a CBF institua “desafios de VAR” nas partidas e que sejam disponibilizados todos os áudios, assim como são divulgadas as súmulas dos jogos.
“Queremos dar duas sugestões: vamos implantar ainda nesse ano o desafio, onde cada técnico poderá acionar o VAR através de uma dúvida. Duas vezes por jogo, conforme regulamentação. Isso vai inibir a omissão do VAR, vai inibir covardia de um árbitro que não olhou o que estava acontecendo, embora muito bem posicionado”, sugeriu.
“A outra sugestão é que na súmula, assim como são anexados todos os acontecimentos daquela partida, sejam automaticamente disponibilizados os áudios e as conversas do que aconteceu dentro de campo. Portanto, presidente Samir e Rodrigo Cintra (chefe da comissão de arbitragem), vocês me atenderam muito rapidamente, mas agora é o momento de virar a página na arbitragem. Ficam as duas sugestões”, concluiu.