O técnico Cléber Xavier analisou a
“Jogo difícil, pela situação. Tentamos agredir ao máximo no primeiro tempo, demos espaço para o contra-ataque do Juventude, que também não vem numa situação boa. Conseguimos um 2 a 0, um resultado que nos dava tranquilidade para ir ao intervalo e voltar organizando algumas situações que não estavam bem, mas o gol no finalzinho trouxe uma pressão. Tentamos reorganizar, e o jogo no segundo tempo trouxe um certo equilíbrio, e o Juventude se aproveitou do nosso ‘não bom’ segundo tempo, digamos assim. A hora que a gente faz o 3 a 1 dá mais tranquilidade. Mas o mais importante hoje era o resultado. Temos feito alguns jogos bons durante a minha passagem e não conseguimos o resultado. Hoje, o primeiro tempo foi bom e no segundo tempo caímos, mas conseguimos a vitória, que era o mais importante”, destacou o comandante.
Cleber Xavier também justificou a saída de Rollheiser ainda no intervalo do jogo. A troca rendeu vaias ao treinador, que explicou que a decisão baseou-se no fato do atleta estar pendurado na partida. O argentino foi amarelo por volta dos 30 minutos da etapa inicial.
“A primeira troca no intervalo do Rollheiser, ele toma um cartão amarelo, faz falta na sequência e poderia ter levado o segundo amarelo, e ficamos preocupados com uma possível expulsão. Ele estava um pouco desgastado no retorno, e sabíamos que no segundo tempo o Juventude ia entrar pressionando pela consequência do resultado. Eu optei por uma dobra, e se não desse certo, a gente tinha a opção do Caballero para organizar aquele lado e sair em velocidade, ou o Juninho se o jogo se transformasse de outra maneira. O jogo pediu a entrada do Caballero, saindo em velocidade, e o Mayke recuando. Quando tem dois bons jogadores para uma posição, como tem na esquerda, podemos aproveitar os dois juntos, dependendo da situação do jogo, ou substituindo”, justificou Cleber.
Mais do que a saída de Rollheiser, a entrada de Mayke, lateral direito de ofício, chamou a atenção. O técnico optou por fazer a famosa ‘dobra de laterais’, com o novo reforço e Igor Vinícius atuando juntos em campo - mudança tática que não caiu nas graças na torcida.
“Temos duas opções de beirada no banco. O Juninho, que é um jogador que fica mais com a bola, tem um contra um, um menino que entrou bem em alguns jogos, e o Caballero, que é um jogador de atacar espaço e sair em velocidade. O Mayke, para a gente ficar mais ou menos com a mesma ideia do Rollheiser. É um jogador experiente, que já fez essa função, consegue ficar com a bola e trabalhar mais ela e ajuda na marcação daquele lado. Sabíamos que o Juventude ia pressionar no início, mas a ideia foi colocar o mais parecido com o Rollheiser para ajudar a marcar e sair jogando por aquele lado. O Rollheiser, com o cartão amarelo, ficamos preocupados. E nessa hora, em um jogo decisivo... Hoje era uma decisão para a gente, jogo de seis pontos, que estava bom e desequilibra um pouco quando tomamos aquele gol no final. Por isso a ideia”, disse.
Com o resultado, o Santos de Cleber Xavier voltou a vencer no Brasileiro após três jogos. O Alvinegro Praiano conseguiu um respiro na tabela e deixou a zona de rebaixamento ao fim desta rodada. A equipe santista chegou aos 18 pontos e pulou para a 15ª colocação.
Agora, o Santos retorna aos gramados apenas no próximo fim de semana, já que não disputa mais a Copa do Brasil. O Alvinegro Praiano enfrenta o Cruzeiro neste domingo, às 18h30 (de Brasília), no Mineirão, em duelo válido pela 19ª rodada do Brasileirão.
Com agência