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Corinthians: organizadas aguardam encontro com PM para discutir redução de punição

Diretoria do Timão, em parceria com as torcidas, atua nos bastidores para flexibilizar a penalidade imposta pela FPF

Gaviões da Fiel é a principal torcida organizada do Corinthians

As torcidas organizadas do Corinthians aguardam uma reunião com o 2º Batalhão da Polícia Militar para discutir a redução ou até mesmo a extinção da proibição de faixas, bandeiras e baterias nos jogos da equipe na Neo Química Arena. O encontro, segundo apurou a Itatiaia, deve ocorrer no início de agosto.

As organizadas - Gaviões da Fiel, Camisa 12, Fiel Macabra, Pavilhão 9, Estopim da Fiel e Coringão Chopp - são representadas pelo advogado Renan Bohus e já haviam se reunido com o Ministério Público na última quinta-feira (30). O departamento jurídico do Corinthians, chefiado por Leonardo Pantaleão, não conseguiu comparecer ao encontro devido ao protesto realizado por torcedores em frente ao Parque São Jorge.

A defesa das organizadas entende que o ideal seria a construção de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o que poderia resultar na flexibilização das restrições. “O objetivo é garantir que os torcedores possam exercer seu direito de apoiar o Corinthians nas arquibancadas, de forma segura e respeitosa”, comentou Renan, em contato com a reportagem.

“Reforçamos que a decisão imposta vem sendo rigorosamente cumprida pela torcida, ainda que discordemos de seu teor, por considerá-la excessiva e aplicada sem que fosse assegurado o direito de defesa”, complementou.

A diretoria do Corinthians tem atuado em conjunto com as torcidas para, ao menos, flexibilizar a decisão imposta pela FPF (Federação Paulista de Futebol), com o aval das autoridades. No início de julho, Leonardo Pantaleão se reuniu com Mauro Silva, vice-presidente da FPF, e com o advogado Nilo Patrussi para tratar do tema.

Idealmente, clube e organizadas desejavam chegar a um acordo antes do clássico contra o Palmeiras, nesta quarta-feira (30), pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Internamente, comenta-se como o clima na Neo Química Arena “esfriou” desde a aplicação da punição pela FPF.

Entenda o caso

As torcidas organizadas do Corinthians ficaram proibidas de comparecer aos jogos da equipe até o final de 2025. A decisão foi tomada no começo de abril pela Diretoria do Departamento de Segurança, Infraestrutura e VAR da FPF (Federação Paulista de Futebol).

A punição se aplicou às organizadas Gaviões da Fiel, Camisa 12, Fiel Macabra, Pavilhão 9, Estopim da Fiel e Coringão Chopp.

A FPF adotou essa medida em razão dos episódios protagonizados por torcedores do Corinthians nos minutos finais do clássico contra o Palmeiras, pela decisão do Campeonato Paulista, na Neo Química Arena.

Quando o Derby se aproximava da reta final, centenas de sinalizadores foram utilizados por corintianos localizados no setor Norte do estádio, onde ficam as organizadas. Além disso, alguns rojões foram atirados no gramado, sendo que um quase acertou o zagueiro Gustavo Henrique, o que resultou na paralisação da partida.

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Assim, como recomenda o Ministério Público do Estado de São Paulo, será proibida a entrada nos estádios de futebol de qualquer indumentária e objetos (faixas, bandeiras etc.) que identifiquem os associados das torcidas organizadas mencionadas anteriormente.

A punição passou a valer no dia 2 de abril, na derrota do Corinthians para o Huracán-ARG, pela primeira rodada da Copa Sul-Americana.

Iúri Medeiros é formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Passou pela Gazeta Esportiva, onde estagiou e posteriormente cobriu o dia a dia do Corinthians. Além do noticiário do Timão, participou da cobertura de jogos de Palmeiras, Santos e São Paulo, além de eventos na capital paulista, como a São Silvestre. Na Itatiaia, acompanha Corinthians e Santos.