O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recorreu da decisão que absolveu os sete réus denunciados no processo envolvendo a investigação do incêndio no Centro de Treinamento do
O MPRJ apresentará as razões para justificar o recurso. Os sete réus também poderão se manifestar antes da decisão em segunda instância. As informações são do site g1.
A decisão que
Ainda conforme a decisão, não ficou claro que as pessoas poderiam prever ou evitar o incêndio. Também não ficou provado, segundo o magistrado, que suas funções tinham relação direta com o acidente.
O juiz argumenta não ter conseguido distinguir, com segurança, se o incêndio começou por uma falha de instalação, oscilação externa ou defeito do aparelho de ar-condicionado.
Entre os absolvidos estão:
- Márcio Garotti, ex-diretor financeiro do Flamengo;
- Marcelo Maia de Sá, ex-diretor adjunto de patrimônio;
- Danilo Duarte, Fabio Hilário da Silva e Weslley Gimenes, engenheiros responsáveis por aspectos técnicos;
- Claudia Pereira Rodrigues, responsável por contratos da NHJ;
- Edson Colman, sócio da empresa que cuidava da manutenção de aparelhos de ar‐condicionado.
Histórico do caso
Ao todo, 11 pessoas foram denunciadas no início do processo. Mas algumas denúncias foram rejeitadas e outras arquivadas. Um ex-monitor já havia sido absolvido, e o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, teve o nome retirado do processo por prescrição.
As audiências aconteceram entre 2023 e 2024. Várias testemunhas foram ouvidas, incluindo sobreviventes, funcionários e ex-dirigentes.
Situação das famílias das vítimas
As vítimas tinham entre 14 e 16 anos e faziam parte das categorias de base do Flamengo. Em fevereiro deste ano, o clube fez um acordo com a família de Christian Esmério, a última que ainda não havia sido indenizada. Com isso, todas as famílias receberam algum tipo de compensação financeira.