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MPRJ recorre de absolvição dos sete réus acusados por incêndio no CT do Flamengo

Recurso foi apresentado na última sexta-feira (24) e já foi recebido pela 36ª Vara Criminal do RJ

Ninho do Urubu, CT do Flamengo

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) recorreu da decisão que absolveu os sete réus denunciados no processo envolvendo a investigação do incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo (Ninho do Urubu). O pedido foi acatado pela juíza titular Clara Maria Vassali Costa Pereira da Silva, titular da 36ª Vara Criminal do estado.

O MPRJ apresentará as razões para justificar o recurso. Os sete réus também poderão se manifestar antes da decisão em segunda instância. As informações são do site g1.

A decisão que absolveu os réus foi divulgada na última terça-feira (21). O juiz Tiago Fernandes de Barros afirmou que a denúncia foi formulada de forma “genérica e contraditória”. Os réus eram acusados de incêndio culposo e lesão grave.

Ainda conforme a decisão, não ficou claro que as pessoas poderiam prever ou evitar o incêndio. Também não ficou provado, segundo o magistrado, que suas funções tinham relação direta com o acidente.

O juiz argumenta não ter conseguido distinguir, com segurança, se o incêndio começou por uma falha de instalação, oscilação externa ou defeito do aparelho de ar-condicionado.

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Entre os absolvidos estão:

  • Márcio Garotti, ex-diretor financeiro do Flamengo;
  • Marcelo Maia de Sá, ex-diretor adjunto de patrimônio;
  • Danilo Duarte, Fabio Hilário da Silva e Weslley Gimenes, engenheiros responsáveis por aspectos técnicos;
  • Claudia Pereira Rodrigues, responsável por contratos da NHJ;
  • Edson Colman, sócio da empresa que cuidava da manutenção de aparelhos de ar‐condicionado.

Histórico do caso

Ao todo, 11 pessoas foram denunciadas no início do processo. Mas algumas denúncias foram rejeitadas e outras arquivadas. Um ex-monitor já havia sido absolvido, e o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, teve o nome retirado do processo por prescrição.

As audiências aconteceram entre 2023 e 2024. Várias testemunhas foram ouvidas, incluindo sobreviventes, funcionários e ex-dirigentes.

Situação das famílias das vítimas

As vítimas tinham entre 14 e 16 anos e faziam parte das categorias de base do Flamengo. Em fevereiro deste ano, o clube fez um acordo com a família de Christian Esmério, a última que ainda não havia sido indenizada. Com isso, todas as famílias receberam algum tipo de compensação financeira.

Leonardo Parrela é chefe de reportagem do portal Itatiaia Esporte. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com ge.globo, UOL Esporte e Hoje Em Dia. Tem experiência em diversas coberturas como Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.