Próximo adversário do Cruzeiro, o Fluminense vive o momento de maior pressão após a conquista da Libertadores, em novembro de 2023. O time de Fernando Diniz ainda não apresentou bom futebol em 2024 e a péssima campanha neste início de Brasileirão trouxeram instabilidade para o dia a dia do Tricolor.
São apenas seis pontos em nove rodadas, fazendo o Fluminense entrar em campo nesta quarta (19), no Mineirão, como vice-lanterna do Brasileirão, Mais do que isso, as vaias e críticas que chegaram ao ápice no sábado (15), na derrota para o Atlético-GO, também são resultados do desempenho do time em 2024, distante do apresentado nos anos anteriores.
“Se a torcida me xingar e vaiar o time do início ao fim, ela está certa. Não temos entregado o que merecem. A torcida do Fluminense precisa de mais. Tenho uma frustração em não entregar o que merecem. Tenho um carinho enorme por eles e sei o que precisa. Sei o que estou fazendo. O nosso jeito de jogar está sendo questionado porque estamos com resultados ruins”, afirmou o treinador após a última rodada do Brasileirão.
Ausências de peso
Nas últimas semanas, Fernando Diniz admitiu o momento ruim da equipe e até falou em reformulação. A pré-temporada tardia em comparação com os demais times, por conta da participação no Mundial de Clubes, também foi destacada pela comissão técnica ao longo do primeiro semestre.
Além disso, o que impactou no time de Fernando Diniz foram duas ausências de peso em relação a 2024: Nino, negociado com o Zenit-RUS, e André, em recuperação de lesão desde abril. Os dois eram pilares do Fluminense, que passou a ter ainda mais improvisações no sistema defensivo.
Reforços ainda não vingaram
Para 2024, a diretoria tricolor trouxe sete reforços: Antônio Carlos, Renato Augusto, David Terans, Felipe Alves, Douglas Costa, Jan Lucumí e Marquinhos.
De todos, nenhum deu o retorno técnico esperado ou assumiu protagonismo, por ora. Marquinhos, em sequência como titular na ausência de Arias, é quem tem mais minutos em campo.
Renato Augusto, por exemplo, foi titular sete vezes e marcou um gol. Douglas Costa é apenas o 22º nome mais utilizado por Diniz e ainda não balançou a rede adversária.
Da renovação à vaias
Apenas 24 dias separaram o anúncio da renovação do contrato de Diniz e a partida contra o Atlético-GO, no qual o técnico e o elenco foram hostilizados antes, durante e depois da derrota.
O momento fez a direção de Mario Bittencourt ter uma reunião com o técnico e o departamento de futebol. O tom foi de cobrança pela recuperação dos resultados e desempenho, dando voto de confiança para a sequência de Fernando Diniz, cujo vínculo vai até dezembro de 2025.