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Diretor do Flamengo apresenta assistente, explica demissões e mudanças no futebol

José Boto, contratado pela gestão do presidente Luiz Eduardo Baptista, está coordenando a reestruturação do departamento profissional e de base

José Boto, diretor técnico, e Filipe Luís, treinador do Flamengo, no Ninho do Urubu

Contratado para ser o homem forte do futebol na gestão de Luiz Eduardo Baptista, presidente eleito para o triênio 2025/27, José Boto concedeu entrevista nesta quarta (8), no Ninho do Urubu, para explicar a reestruturação do departamento e o planejamento do time principal, que inicia a pré-temporada nesta tarde.

Nos últimos dias, o clube demitiu uma série de funcionários de departamento médico de base e profissional, por exemplo. Por outro lado, novos funcionários já foram contratados - veja. De acordo com Boto, estas decisões ficaram a cargo do Dr. José Luiz Runco, diretor geral do Flamengo.

“Existe um diretor médico (Dr. José Luiz Runco), de todo Flamengo, que não depende do futebol, que decidiu fazer essa mudança. Explicou porque eram necessárias e vamos ver como funciona em termos de futebol”, afirmou José Boto.

José Boto foi contratado por Bap ainda em dezembro e chegou ao Rio de Janeiro no último dia 28. Antes mesmo, o executivo já vinha trabalhando junto à direção e ao técnico Filipe Luís. Nesta quarta (8), o português apresentou Fernando Sassaki, novo chefe do DM, e Alfredo Almeida, que será seu assistente.

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Boto comentou como está sendo o trabalho diário junto a Filipe Luís e qual será a função de Alfredo Almeida no departamento de futebol rubro-negro.

“Quem reporta ao presidente sou eu. É a primeira vez que um presidente não estará nas chegadas dos jogadores. Eu reporto a ele, os demais reportam a mim. Vai ser um apoio para a base, tem uma metodologia grande de treino, é o meu assistente. Tem a ver com o olhar mais técnico do que se faz aqui para eu poder analisar. A função dele é assistente técnico”, explicou.

A programação do time principal

Após a apresentação no Ninho, com o primeiro contato com novos profissionais, bateria de exames e avaliações médicas, o Flamengo viaja para a Flórida, nos Estados Unidos, na sexta-feira (10).

O grupo realizará parte da pré-temporada, com direito a amistoso contra o São Paulo em solo norte-americano. Após o compromisso, em 19 de janeiro, o time volta ao Brasil. Saiba mais aqui.

Confira, abaixo, outras respostas de José Boto, diretor técnico do Flamengo:

Desafios até o momento?
“Vocês. Estou brincando. Um clube com a dimensão do Flamengo tem os mesmos de um clube de menor dimensão, mas amplificados. Até agora, nada que eu não esperasse. Vai acontecer, mas até agora não.”

Formação dos jovens do Flamengo
“A base é sempre uma coisa, que odos clubes onde passei, é cuidada com muito carinho. Aqui não será diferente. O ganhar, às vezes, esconde o mal. Ganhar na base é o número de jogadores na primeira equipe, jogadores que conseguem se vender. O Brasil tem condições de criar mais jogadores que nos encantam, que nos fazem gostar de futebol de forma apaixonada, como a Seleção de 82. Jogava diferente. Isso era devido à qualidade e criatividade dos jogadores. O futebol mudou, é mais intenso, mas os jogadores de qualidade sempre terão lugar. Podemos revelar jogadores mais criativos. Não há criatividade sem liberdade, não há processo de crescimento se alguém tem medo de errar. O que falta é esse processo nas idades mais inferiores, de deixar os jogadores errarem, experimentarem. Deixem as crianças se divertirem.”

“Tenho essa experiência no Shakhtar, todas as crianças queriam imitar os brasileiros e os treinadores não deixavam. Uma das coisas que fiz foi mudar a base de lá e começou a sair Mudryk e muitos jogadores apreciados, porque começamos a deixar imitar os brasileiros. Foi isso que fez a diferença. Futebol é muito imitação.”


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Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.