A decisão do técnico Leonardo Jardim de colocar Dudu e Gabigol no banco de reservas no Cruzeiro divide opiniões. O fato é que o time melhorou sem as duas estrelas em campo e teve as melhores atuações da temporada nos duelos contra São Paulo, no Morumbis, e Bahia, no Mineirão. Apresentador do Sportv, o jornalista André Rizek fez longa avaliação sobre a situação e mandou forte recado.
Em uma publicação nas redes sociais do ge.globo, Rizek afirmou entender a escolha dos dois jogadores, ídolos em Palmeiras e Flamengo. Os dois eram reservas em seus antigos clubes e mudaram de ares em busca de retomar o protagonismo na carreira.
“Moral da história: muito cuidado com o que você deseja. Nem vou aqui questionar a escolha dos jogadores, isso é muito individual, quando você quer mudar de emprego, de cidade, quer novos ares, beleza, a escolha dos jogadores eu nem vou questionar”, disse o jornalista.
Rizek, no entanto, diz que o Cruzeiro recebe uma grande lição com a situação. Afinal, os dois jogadores custam muito aos cofres do clube e são reservas do técnico Leonardo Jardim. Ele mandou forte recado sobre os gastos feitos neste ano.
“Eu acho que a grande lição fica para o Cruzeiro, especialmente para o dono do Cruzeiro, porque o dinheiro não é mais do clube, o dinheiro é dele, ele é o dono, é quem banca. Obviamente, quando você monta um elenco que não se encaixa com as ideias de jogo do treinador que você traz, você perde dinheiro, você rasga dinheiro”, completou.
O jornalista espera ainda melhora no futebol brasileiro com um melhor trabalho das SAF’s. Ele acredita que os clubes ‘rasgarão’ menos dinheiro com contratações num futuro próximo.
“Minha grande esperança de uma melhora na gestão aqui no futebol brasileiro é, justamente, mexer no bolso dos dirigentes. Com as SAF’s, eles vão ter que rasgar menos dinheiro. O dinheiro não é mais do clube, o dinheiro é dele, e ninguém é maluco de queimar dinheiro por aí”, ressaltou.
Veja todo o depoimento de Rizek
“Gabigol, para muitos o segundo maior ídolo da história do Flamengo, seguramente um dos maiores da história rubro-negra, saiu do clube onde era amado, decisivo, mas banco do Pedro, porque queria jogar mais, queria um contrato maior. O Flamengo só oferecia um ano, ele queria mais tempo de contrato, e foi para o Cruzeiro. Hoje, está no banco do Kaio Jorge.
Dudu, um dos jogadores mais amados, vitoriosos da história do Palmeiras, deixou o clube paulista pelo mesmo motivo. Não tinha muita minutagem com o Abel Ferreira desde que voltou de lesão, queria jogar mais e foi para o Cruzeiro. Hoje é banco do Christian, pelo menos é o que a semana celeste indica.
Moral da história: muito cuidado com o que você deseja. Nem vou aqui questionar a escolha dos jogadores, isso é muito individual, quando você quer mudar de emprego, de cidade, quer novos ares, beleza, a escolha dos jogadores eu nem vou questionar.
Eu acho que a grande lição fica para o Cruzeiro, especialmente para o dono do Cruzeiro, porque o dinheiro não é mais do clube, o dinheiro é dele, ele é o dono, é quem banca. Obviamente, quando você monta um elenco que não se encaixa com as ideias de jogo do treinador que você traz, você perde dinheiro, você rasga dinheiro.
Nessa curta passagem do presidente Pedro Lourenço, eu acho que ele já percebeu que desperdiçou dinheiro. Ele fez contratações muito midiáticas, Dudu e Gabigol, nomes explosivos, pensava em trabalhar esses jogadores com o Fernando Diniz, demitiu o Diniz, está pagando multa para o Diniz, e agora está vendo os investimentos que fez no banco de um treinador, cuja ideia de jogo não combina com Dudu e Gabigol juntos.
Tenho trazido essa informação já há algum tempo. Desde que chegou, o Leonardo Jardim reuniu as três estrelas do Cruzeiro, Matheus Pereira, Dudu e Gabigol, e deixou bem claro que dificilmente os três jogariam juntos ao longo da temporada. Em algumas ocasiões sim, ao longo da temporada não. Isso está ficando evidente, contra o São Paulo e contra o Bahia, os dois melhores jogos do Cruzeiro.
Eu sei que no futebol não dá para planejar tudo, não é uma ciência exata. Mas quanto melhor você planejar, melhor antever as situações, menos dinheiro você vai rasgar, menos multa rescisória você vai pagar, e menos craque caro você vai trazer para ser banco do seu treinador.
Minha grande esperança de uma melhora na gestão aqui no futebol brasileiro é, justamente, mexer no bolso dos dirigentes. Com as SAF’s, eles vão ter que rasgar menos dinheiro. O dinheiro não é mais do clube, o dinheiro é dele, e ninguém é maluco de queimar dinheiro por aí.
Do ponto de vista técnico, me parece que será dura a vida do Dudu e do Gabigol para serem protagonistas do Cruzeiro. Eles são grande jogadores, mas eles entregam coisas que não se encaixam na ideia de jogo do Leonardo Jardim. O Kaio Jorge e o Christian, bem menos midiáticos, deram uma resposta muito melhor”.