Balanço da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro apontou, nesta quinta-feira (16), uma redução de R$ 365 milhões na dívida da associação. Assim, o clube celeste, que em 2022 registrou débito de R$ 1,059 bilhão, agora deve cerca de R$ 694 milhões.
De acordo com o balanço, a redução da dívida se deu em duas partes. Inicialmente, renegociações e pagamentos representaram R$ 249 milhões de abatimento da dívida total. Depois, a SAF ainda prestou auxílio no fluxo de caixa da associação, o que impactou em mais R$ 116 milhões em reduções.
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Receitas
O documento divulgado pela SAF ainda traz outros números importantes. Em 2023, o futebol do clube registrou uma receita de R$ 243,4 milhões - aumento de mais de 60% em relação ao ano anterior, quando a SAF faturou R$ 150,3 milhões.
O lucro líquido do período, de acordo com o clube, foi de R$ 260,1 milhões.
Veja algumas das principais receitas do Cruzeiro SAF em 2023
- Direitos de transmissão e premiações de performance: R$ 101,7 milhões
- Patrocínio e publicidade: R$48,6 milhões
- Sócio-torcedor: R$31 milhões
- Bilheteria: R$ 28,6 milhões
- Transferência de atletas e mecanismo de solidariedade: R$ 20,7 milhões
- Receitas com royalties e licenciamento: R$ 11,8 milhões
- Outros: R$ 865 mil
Despesas
Em 2023, o futebol gerou R$ 190,2 milhões em despesas. Os custos com pessoal de futebol, que contemplam salários, direitos de imagem e encargos de jogadores, comissão técnica e outros colaboradores, foi de R$ 94,7 milhões - o que representa 42% da receita líquida.
De acordo com o Cruzeiro, esse valor não considera gastos com intermediação, aquisição ou formação de atletas.
Veja as principais despesas do futebol:
- Salários, direito de imagem, encargos e benefícios: R$ 94,7 milhões
- Custos diretos e indiretos com jogos: R$ 21,2 milhões
- Amortizações: R$ 30,7 milhões
- Serviços de consultoria: R$ 4,2 milhões
- Custos com viagens e hospedagens: R$ 4,6 milhões
- Custos com alimentação: R$ 3,3 milhões
- Direito de Arena: R$ 4,9 milhões
- Manutenção geral: R$ 2,3 milhões
- Taxas de legalização de jogadores: R$ 564 mil
- Outros custos: R$ 5,1 milhões