O Cruzeiro comemora 20 anos da conquista da Tríplice Coroa nesta quinta-feira (30). Em 2003, a equipe celeste venceu o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Uma seleção de craques, comandada à época por Vanderlei Luxemburgo, o time voava em campo, mas também curtia fora dele.
O ex-atacante Deivid, um dos grandes destaques do Cruzeiro naquele ano, com 28 gols em 37 jogos, revelou quem eram os jogadores mais festeiros do time em um dos anos mais mágicos da história do clube.
“Tinham vários (festeiros). Maurinho e Maicon, os dois eram difíceis. Por isso que a gente concentrava na sexta-feira para jogar domingo”, brincou, em entrevista exclusiva à Itatiaia.
No Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro fez cem pontos, marcou 102 gols e teve aproveitamento de 72,46% em 46 jogos. Depois de alguns jogos naquela campanha, Deivid revelou que o técnico Vanderlei Luxemburgo autorizava a realização de churrascos.
“Era bacana, porque quando fazia churrasco depois dos jogos, ia quase todo o time. A gente conversava sobre o jogo tomando cerveja, como que foi, falando que foi difícil, que os caras (adversários) tinham vindo bem”, contou.
Em uma época que os celulares não eram tão tecnológicos e não tinham câmeras, os jogadores saíam mais às ruas. “A gente saia da Toca para tomar açaí, ia todo mundo, era muito bacana. Hoje não tem isso, por causa de internet, Instagram. Lembro que quando acabava o treino, ficava todo mundo conversando sobre o jogo, sobre o treino, era muito bacana”, relembrou Deivid.
Deivid no Cruzeiro
Deivid foi contratado pelo Cruzeiro no fim de janeiro de 2003, quando deixou o Corinthians, após desentendimentos com a diretoria paulista por questões financeiras. O atacante fez 38 jogos e marcou 28 gols em seis meses de clube.
O camisa 9 não terminou a temporada de 2003 no Cruzeiro. Em julho daquele ano, o atacante foi negociado com o Bordeaux, da França. Ele deixou o clube no meio do Campeonato Brasileiro, quando tinha 15 gols.
A venda aconteceu pelo valor de US$ 5,1 milhões, com o Cruzeiro tendo direito a US$ 1 milhão, já que os direitos do atacante pertenciam ao Nova Iguaçu-RJ (25%) e a empresa Hicks Muse, parceira do Cruzeiro.