Na sequência da série sobre as 25 finais diretas de
O Campeonato da Cidade (Mineiro) de 1940 também teve polêmicas e foi abreviado, por causa da grave crise econômica que o Brasil passava em tempos de Segunda Guerra Mundial.
A competição teria seis clubes e três turnos, mas sofreu várias interrupções. O Sete de Setembro abandonou a disputa, e Villa Nova e América dispensaram os jogadores. Com pouco mais da metade do returno disputado foi tomada a decisão de se encerrar o torneio sendo programada uma decisão entre Atlético e Palestra Itália (Cruzeiro), que eram os dois primeiros colocados, empatados com 11 pontos.
Uma marca dos duelos finais entre os rivais foram vitórias dos visitantes. O time celeste ganhou o primeiro jogo por 3 a 1, em 29 de dezembro de 1940, no Antônio Carlos, em Lourdes. No dia 5 de janeiro de 1941, no Barro Preto, o Atlético se deu bem e derrotou o rival por 2 a 1. A terceira e decisiva partida foi marcada para o Estádio da Alameda, que pertencia ao América.
Raimundo Sampaio, histórico dirigente do Sete de Setembro, que dá nome ao Estádio Independência, tinha apitado os dois primeiros jogos da final. Para o terceiro confronto foi trazido, do Rio de Janeiro, Mário Vianna, o melhor árbitro brasileiro da época.
O Cruzeiro, que contava com Niginho em dia inspirado, levou a melhor e ficou com o título, vencendo por 2 a 0. Os torcedores improvisaram uma passeata em comemoração ao título, que só terminou na sede do clube, no Barro Preto. A conquista do campeonato quebrou uma série de 10 anos dos celestes sem levantar a taça. O Atlético, pela terceira vez consecutiva, não conseguiu um tricampeonato. O alvinegro havia perdido o tri em 1928 e 1933.
Este foi o quarto e último título do Cruzeiro com o nome de Societá Sportiva Palestra Itália. Quando o clube voltou a vencer o Estadual já tinha acontecido a troca, que foi provocada pelo fato de o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial e os países do Eixo, Alemanha, Itália e Japão, passarem a ser considerados inimigos.
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