Contratado pelo Atlético em 2012, junto ao Grêmio, Victor Bagy se tornou um dos maiores nomes da história do clube. Com 424 jogos pelo clube e grandes atuações durante quase nove anos, o ex-dono da camisa 1 se tornou “Santo” para a torcida, principalmente após o pênalti defendido na Copa Libertadores de 2013, contra o Tijuana-MEX, nas quartas de final do torneio. Ele foi um dos protagonistas do inédito título do Galo.
Atualmente exercendo o cargo de diretor de futebol, ele “pendurou as chuteiras” em 21 de fevereiro de 2021, quando já não era dono da posição. Na ocasião, o Alvinegro goleou a URT por 3 a 0. Após o apito final, ele recebeu várias homenagens do clube. Porém, ainda guarda uma frustração daquele dia.
Ainda em período da pandemia da Covid-19, os protocolos não permitiam presença de público em eventos (esportivos, culturais, etc). Isso fez com que aquela partida, tão importante para o então goleiro, não contasse com a torcida atleticana que tanto o apoiou e idolatrou.
“Fizemos o jogo de despedida, infelizmente ainda na pandemia. Não conseguimos ter a presença de público no estádio. Isso me deixou um pouco frustrado, mas entendendo o momento. Tirei alguns dias de folga, mas na quarta-feira já estava renovando contrato de atleta (como gerente do clube)”, contou Victor em entrevista ao Charla Podcast.
De goleiro a gerente
Sobre esta transição, de campo para área diretiva, Bagy destacou que se preparou mesmo de aposentar. Nas concentrações, ele concluiu graduação e projetava a vida sem as luvas.
“O final da carreira de um atleta é um momento doloroso. A gente enquanto atleta, quando está chegando o final da carreira, quer adiar. Eu já vinha num processo de dores. A carreira de futebol de deixa marcas, problemas físicos. O joelho e as costas doíam. Era o impacto a estatura. Tudo se somava. Meu contrato vencia e já haviam me sinalizado que eu não teria o vínculo renovado”, relembrou.
“Chegaram algumas propostas para fazer mais um ano de contrato com outro clube, mas aí veio o convite do Rodrigo Caetano para eu assumir como gerente. Pedi uns dias para pensar. Pesei tudo e vi que o grande desafio do atleta é conseguir a reinserção no mercado. Pensei dois, três dias, agradeci e aceitei o desafio”, finalizou.