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Fifa confirma a sede do primeiro Mundial com 32 clubes, em 2025

Estados Unidos receberá o torneio, que tem Palmeiras e Flamengo classificados; mais quatro times da América do Sul participarão

Troféu do Mundial de Clubes da Fifa: torneio terá expansão em 2025, com 32 participantes

A direção da Fifa confirmou nesta sexta-feira (23) que os Estados Unidos será a sede do primeiro Mundial de Clubes com 32 participantes, que será disputado entre junho e julho de 2025. Flamengo e Palmeiras são os brasileiros já classificados para a competição - a América do Sul ainda terá como representantes os campeões das Libertadores de 2023 e de 2024, e outros dois times via ranking.

A Federação da Arábia Saudita se candidatou em fevereiro para receber o Mundial turbinado, mas os EUA sempre foram os favoritos porque a Fifa pretende realizar o torneio, a cada quatro anos, sempre nos países que se preparam para ser sede da Copa do Mundo de Seleções. Os EUA dividirão como anfitrião a Copa de 2026 com México e Canadá.

A data exata do Mundial e os estádios que receberão partidas serão comunicados no futuro. Os EUA, portanto, terão por três anos seguidos importantes competições de futebol: em 2024 a Copa América, com 16 participantes, em 2025 o Mundial de Clubes e, em 2026, a Copa do Mundo junto com mexicanos e canadenses.

O regulamento

O Mundial terá 32 participantes. Doze equipe já estão classificadas:

  • América do Sul (6 vagas): Palmeiras e Flamengo

  • Europa (12 vagas): Chelsea-ING, Real Madrid-ESP e Manchester City-ING

  • África (4 vagas): Al-Ahly-EGI e Widad Casablanca-MAR

  • Ásia (4 vagas): Al-Hilal-Arábia Saudita e Urawa Red Diamonds-JAP

  • Américas do Norte e Central (4 vagas): Monterrey-MEX, Seattle Sounders-EUA e León-MEX

  • Oceania (1 vaga): provavelmente será o Auckland City, da Nova Zelândia, mas ainda será confirmado

  • País-sede (1): Federação dos EUA definirá como essa vaga será definida

Os times serão divididos em oito grupos de quatro equipes, que jogarão dentro da chave com os líderes de cada um indo às quartas de final, a partir daí em jogos de mata-mata.

“A Copa do Mundo de Clubes de 2025 será o auge do futebol profissional masculino de elite e, com a infraestrutura necessária e um grande interesse local, os Estados Unidos são o anfitrião ideal para dar início a este novo torneio global. Com alguns dos principais clubes do mundo já qualificados, torcedores de todos os continentes trarão sua paixão e energia para os Estados Unidos daqui a dois anos para este marco significativo em nossa missão de tornar o futebol verdadeiramente global”, disse o presidente da Fifa, Gianni Infantino.

As vagas na América do Sul

As vagas da Conmebol foram definidas assim: os campeões das Copas Libertadores de 2021 (Palmeiras), 2022 (Flamengo), 2023 e 2024, e outros dois times via um ranking que será criado com base no desempenho dos clubes nos torneios da Conmebol entre 2021 e 2024.

Se um país já tiver duas equipes classificadas para o Mundial, ela não poderá ter um outro representante classificado via ranking, o que já é o caso do Brasil. Mas se brasileiros vencerem a Libertadores em 2023 e 2024, estarão no torneio junto com Palmeiras e Flamengo.

E o Mundial de 2023?

A edição deste ano está confirmada para a Arábia Saudita, de 12 a 22 de dezembro. O formato será o mesmo usado desde 2005, com sete participantes. Deve ser a última edição com este modelo.

Já são seis classificados: Al-Ittihad (pelo país-sede), León-MEX, Manchester City-ING, Urawa Red Diamonds-JAP, Auckland City-NZL e Al-Ahly-EGI. O campeão da Libertadores 2023, que será conhecido em 4 de novembro, após a final no Maracanã, no Rio, será o sétimo participante.

E só terá Mundial a cada quatro anos?

Não. Nos três anos sem a edição com 32 clubes a Fifa vai organizar um torneio menor, com seis concorrentes, em que o campeão europeu já estará na final e os outros cinco, campeões de cada continente, entre eles a América do Sul, disputarão uma vaga nessa decisão. A Fifa está chamando esse encontro de Intercontinental.

Há chance de a primeira edição já ocorrer em 2024.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.