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Auxiliar do Palmeiras dá mérito ao Santos: ‘Competiu mais que nós’

João Martins comandou o Verdão na partida e analisou o desenrolar do jogo ao final, em entrevista coletiva.

O Palmeiras ficou no empate com o Santos, na Vila Belmiro, neste sábado (20). Com Abel Ferreira suspenso por acúmulo de cartões, João Martins comandou o Verdão na partida e analisou o desenrolar do jogo ao final, em entrevista coletiva.

“Hoje especialmente estávamos à espera de um jogo e no primeiro tempo o Santos competiu mais que nós, claramente, esteve mais agressivo e pressionando. Isto fez o jogo passar alguns momentos mais no nosso meio-campo e nós sem bola. No segundo tempo, as coisas mudaram, voltamos ao que éramos antes, estávamos mais em cima, mas volto a dizer, com este gramado só o jogo direto ou uma ação individual, porque assim é quase impossível. O Santos já está adaptado a isso”, disse o treinador em entrevista coletiva na Vila Belmiro.

Confira as respostas do treinador

“O adversário pressionou no primeiro tempo. Os jogadores estão adaptados a atuar de três em três dias, mas felizmente temos as cinco substituições, hoje só fizemos quatro normais por conta da situação do Gustavo Gómez. Podemos gerir um pouco, mas o adversário teve as mesmas condições que nós”, analisou João Martins sobre a pressão do Santos.

Ao analisar o momento vivido pelas equipes no clássico, o favoritismo, naturalmente, “pendia” para o lado do Palmeiras, mesmo que como visitante. Em campo, o que se viu foi uma equipe palestrina pouco inspirada, que sofreu para agredir o Santos.

“Foi um jogo equilibrado, estávamos à espera disso. O adversário se adaptou, joga na casa dele, mais rapidamente. Tivemos de entender como o futebol que move milhões continua a ter uma pista de dança como vimos hoje. O campo deve ter sido furado ontem, pela irregularidade que tinha”, seguiu.

“O Santos jogou com estes jogadores há dois dias, nós também. Estávamos de igual forma no jogo, com mesmo tempo de recuperação, tudo igual. Foi este aspecto, não nos adaptamos ao contexto do jogo. Vínhamos preparados para impor nosso jogo e não para ter que alterar. Não conseguimos impor nosso jogo”, explicou o treinador sobre a falta de criatividade palmeirense.

“O Santos conseguiu ter um jogo mais agressivo, mais vertical, pressionou melhor no primeiro tempo. Não entendemos que hoje tínhamos de ser um pouco mais verticais, por isso tivemos muitas perdas no meio-campo, estava difícil de jogar, de dominar, com a bola a saltar. O adversário teve muito mérito no primeiro tempo, e no intervalo corrigimos algumas adaptações. Era um jogo que se resolve por detalhes, e na segunda parte estivemos melhor, mas não criamos o suficiente sobre o gol”, finalizou.

Como foi o jogo

O jogo, de poucas emoções, muita solidez defensiva e pouca inspiração ofensiva, fez jus ao placar zerado em Santos. Acompanhe a crônica completa do jogo aqui.

Em partida válida pela 7ª rodada do Brasileirão, o Palmeiras não conseguiu impor o padrão de jogo que costuma ter nas partidas, encontrou um Santos bem postado, com estratégia inteligente de Odair Hellmann, e o placar não saiu zerado da Vila Belmiro.

Tanto na primeira, quanto na segunda etapa, as ameaças vieram apenas de longe, em finalizações de média e longa distância. O Santos, procurando uma estabilidade após início de temporada turbulento, tentou na velocidade pelas beiradas com Ângelo e Deivid Washington, mas o gol não saiu.

O empate não foi ótimo, nem péssimo, para nenhum dos times. O Palmeiras viu o Botafogo abrir mais dois pontos na liderança do Brasileirão, enquanto o Santos se manteve na primeira página da tabela.

Jornalista fascinado por futebol de base e análise de desempenho. Faz a cobertura de São Paulo e Palmeiras na Itatiaia após passagens por ESPN, Globoesporte.com e Band.
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