A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se manifestou com relação às ações da operação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás. A entidade investiga possíveis casos de manipulação de resultados em partidas da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022 e de estaduais deste ano.
A primeira fase da operação, que começou em fevereiro, investiga a manipulação de resultado em três jogos da Série B da 2022. À época, nove mandados de busca foram cumpridos em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro.
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apoia toda e qualquer ação legal que traga transparência e lisura aos campeonatos que organiza e a todo o esporte brasileiro”, pontuou o órgão nesta terça-feira (18). A CBF ainda citou que investe “no rastreamento e monitoramento de partidas” por meio de uma empresa que atua também para a FIFA e Conmebol.
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“Isso não acontece somente nas competições que a CBF realiza. A entidade também custeia o mesmo serviço para todas as federações do Brasil. Interferências externas em resultados ou em situações de jogo são uma epidemia global que, para ser solucionada, precisa punir de forma exemplar e urgente, os responsáveis por essa prática nefasta”, completou.
Em relação à segunda fase da operação, o MPGO cumpriu três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão por todo o Brasil também nesta terça. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha “concretamente atuado” em pelo menos cinco jogos da elite do futebol nacional. Cinco partidas de campeonatos estaduais de 2023 (dentre eles Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista) também estão na mira das investigações.
A operação de nível nacional começou após o Vila Nova-GO acionar as autoridades ao saber que o jogador Romário estaria envolvido no esquema de manipulação. O MP investiga crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção no esporte. Catorze pessoas já se tornaram réus na Justiça de Goiás.