DOHA - O futebol sul-americano tem uma casa no Catar. Na região de Musheireb, a Conmebol montou uma estrutura em que os torcedores que virão à Copa e os moradores de Doha poderão conhecer sobre a história do futebol da América do Sul, que chega ao Mundial de 2022 com o desafio de acabar com o maior jejum de títulos que já viveu no torneio.
O local ainda está na reta final de montagem e só será inaugurado na próxima segunda-feira (21), às 11h locais (5h de Brasília), dia seguinte à abertura da Copa, e contará inclusive com a presença do presidente da Fifa, Gianni Infantino.
São três espaços principais e o destaque fica por conta de duas lendas do futebol sul-americano, que têm a história diretamente relacionada à Copa do Mundo: Pelé e Maradona.
Os craques estão representados em painéis numa pintura que destaca ambos segurando a taça dada aos campeões mundiais, sendo a de Pelé a Jules Rimet, que ele conquistou três vezes (1958, 1962 e 1970), e a de Maradona a Copa Mundo, que ele ergueu no México, em 1986.
E este é o desafio dos seus “herdeiros”, conquistar a competição que a América do Sul teve pela última vez em 2002, com o penta do Brasil na Coreia do Sul e Japão.
Dividida entre europeus e sul-americanos desde a primeira edição, em 1930, quando os uruguaios sediaram e conquistaram o torneio, a Copa do Mundo nunca teve no século passado, em 70 anos, um dos dois “continentes” com uma sequência maior que dois títulos.
Agora, nas duas primeiras décadas deste século, o placar é de 4 a 1 para a Europa sendo o tetra deles garantido a partir de 2006, com a Itália. E a sequência segue com Espanha (2010), Alemanha (2014) e França (2018).
Uruguai e Equador chegam ao Catar sem integrar nenhuma lista de favoritos. Assim, a tarefa fica mesmo com Brasil e Argentina, que buscam acabar com esse incômodo jejum sul-americano na Copa do Mundo.