Justiça nega fiança de Diddy após rapper ser condenado por transporte para prostituição

Os advogados de Sean Diddy Combs fizeram a proposta e incluíram uma fiança de US$ 1 milhão

Diddy está preso desde o dia 16 de setembro

A Justiça dos Estados Unidos negou o pedido de fiança de Sean “Diddy” Combs após ele ser condenado a duas das cinco acusações. A audiência foi realizada na noite desta quarta-feira (2) e decidia se o produtor musical poderia aguardar a sentença em liberdade.

De acordo com a CNN, a decisão foi tomada pelo juiz Arun Subramanian. Ele alegou que “não vê razão para chegar à conclusão oposta agora” e disse que também houve violência e conduta ilegal após as buscas nas casas do rapper.

“No julgamento, a defesa admitiu a violência do réu em relacionamentos pessoais, dizendo que ‘aconteceu’ em relação a Cassie Venture e Jane. Isso evidencia um desrespeito ao Estado de Direito e uma propensão à violência”, disse Subramanian.

Pedido da defesa

A defesa de Diddy pediu a libertação do magnata da música enquanto ele aguarda a sentença de suas condenações. “Ele dever ser liberto em condições apropriadas, deve poder retornar para casa”, afirmou.

Os advogados fizeram a proposta e incluíram uma fiança de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões), coassinado por Combs, sua mãe, irmã e a mãe de sua filha mais velha, informou a CNN.

Vale lembrar que ele foi condenado por transporte para fins de prostituição, com Cassandra Ventura e Jane. Das cinco acusações, ele foi absolvido de três: uma de associação criminosa e duas de tráfico sexual.

Combs pode pegar até 20 anos de prisão, já que a pena máxima de transporte para prostituição é de 10 anos cada acusação.

O juiz ainda propôs que a sentença aconteça no dia 3 de outubro, às 11h (horário de Brasília), mas disse que está disposto a antecipá-la a pedido da defesa. O advogado de defesa Marc Agnifilo disse que eles gostariam de agilizar o cronograma de sentenças o máximo possível.

Julgamento

Após quase dois meses de depoimentos no julgamento do rapper Sean Diddy Combs, defesa e acusação iniciaram, na última quinta-feira (26), os argumentos finais. A deliberação por parte do júri teve início na segunda-feira (30).

Christy Slavik, procuradora-assistente, descreveu Diddy como líder de uma empresa criminosa que “não aceita não como resposta’ e disse que ele “utilizou poder, violência e o medo” para conseguir o que queria.

O júri de P. Diddy teve ao todo 12 jurados que, por mais de sete semanas, ouviu testemunhos sobre o temperamento violento de Combs e a propensão dele a orgias sexuais. Nas festas, ele fazia as namoradas praticarem relações sexuais com profissionais que ele contratava.

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André Viana é jornalista, formado pela PUC-MG. Já trabalhou como redator e revisor de textos, produtor de pautas e conteúdos para rádio e TV, social media, além de uma temporada no marketing.

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