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Veredito caso Diddy: rapper é condenado por transporte para prostituição, mas absolvido de crimes graves; entenda

Magnata da música foi absolvido de três das cinco acusações que enfretava

Diddy foi preso no dia 16 de setembro de 2024

O júri declarou, na manhã desta terça-feira (2), o veredito final no julgamento de Sean “Diddy” Combs. O rapper e magnata da música, de 55 anos, foi absolvido de três das cinco acusações.

Diddy, que se declarou inocente, sorriu ao ouvir a deliberação dos jurados.

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Inocente e culpado

A deliberação sobre as cinco acusações foi concluída nesta quarta-feira (2). Os crimes imputados e a deliberação dos jurados foi a seguinte:

  • Acusação 1 - Associação criminosa - Inocente;
  • Acusação 2 - Tráfico sexual de Cassandra Ventura - Inocente;
  • Acusação 3 - Transporte para fins de prostituição, relacionada a Cassandra Ventura - Culpado;
  • Acusação 4 - Tráfico sexual de “Jane” - Inocente;
  • Acusação 5 - Transporte para fins de prostituição, relacionado à “Jane” - Culpado.

A acusação 1, da qual Diddy foi inocentado, era considerada a mais grave. O elemento central da acusação era de que o rapper seria líder de uma organização criminosa que existia para “atender suas necessidades”. Ele exercia seus poderes com crimes, incluindo trabalho forçado, distribuição de drogas, sequestro, suborno e outros.

14 horas

O veredito foi divulgado depois de 14 horas depois do início das deliberações, na segunda-feira (30). Após o resultado, Sean Combs fez um gesto de oração com as mãos para o júri, enquanto eles se levantavam para sair. As acusações de transporte para envolvimento com prostituição têm pena máxima de 10 anos.

Por sua vez, o advogado de defesa de Diddy, Marc Agnifilo, pediu que seu cliente seja liberto ainda hoje. “Ele dever ser liberto em condições apropriadas, deve poder retornar para casa”, afirmou.

Julgamento

Após quase dois meses de depoimentos no julgamento do rapper Sean Diddy Combs, defesa e acusação iniciaram, na última quinta-feira (26), os argumentos finais. A deliberação por parte do júri teve início na segunda-feira (30).

Christy Slavik, procuradora-assistente, descreveu Diddy como líder de uma empresa criminosa que “não aceita não como resposta’ e disse que ele “utilizou poder, violência e o medo” para conseguir o que queria.

O júri de P. Diddy teve ao todo 12 jurados que, por mais de sete semanas, ouviu testemunhos sobre o temperamento violento de Combs e a propensão dele a orgias sexuais. Nas festas, ele fazia as namoradas praticarem relações sexuais com profissionais que ele contratava.

Magnata do rap

Diddy foi um grande sucesso no meio do rap nos anos 2000, com a gravadora Bad Boy Records. Ele foi responsável por dar notoriedade a diversos artistas naquela época, e namorou estrelas como Jennifer Lopez.

Com o lançamento da música ‘Last Night’, em 2006, se consolidou no meio do rap e também na música pop. Na mesma época, namorava Cassandra Ventura, também conhecida como Cassie, que o denunciou anos depois.

Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia