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Condenado à prisão, humorista Leo Lins divulga agenda de show lotada

Leo Lins foi condenado pela Justiça por falas preconceituosas durante um de seus shows; ele ainda pode recorrer à decisão

Leo Lins se pronunciou em live no YouTube

Leo Lins mostrou que está com a agenda lotada mesmo após ser condenado à prisão por falas preconceituosas durante seu show. Nessa quinta-feira (5), logo após seu primeiro pronunciamento oficial, o humorista compartilhou as próximas cidades que vai passar com o espetáculo “Enterrado Vivo”.

Nesta sexta-feira (6), ele se apresenta na cidade de Toledo, no Paraná. No sul, Leo também sobe ao palco em Cascavel e Foz do Iguaçu. Em seguida, o comediante desembarca no estado de São Paulo para cinco shows.

A lista completa, que inclui cidades do Rio de Janeiro, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Sul e Ceará, foi divulgada no story do Instagram oficial de Leo. Ele deixou o link para a compra de ingressos na publicação.

Leo Lins mostrou agenda lotada

Comediante enfrenta a Justiça

Ele foi condenado a oito anos e três meses de prisão pela 3ª Vara Criminal de São Paulo por proferir falas preconceituosas em um show. De acordo com informações do Ministério Público Federal (MPF), inicialmente, Leo terá que cumprir pena em regime fechado.

Além disso, ele terá que pagar uma multa de 1.170 salários mínimo e uma indenização por R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. O ex-SBT ainda pode recorrer à decisão.

Conforme o MPF, o humorista foi processado após publicar um vídeo de um show em 2022, no qual ele fazia uma série de declarações contra negros, idosos, obesos, portadores de HIV, homossexuais, indígenas, nordestinos, evangélicos, judeus e pessoas com deficiência. O vídeo chegou a ter mais de 3 milhões de visualizações em 2023 - quando foi derrubado do YouTube.

A Justiça entendeu que a repercussão do caso foi um aspecto agravante que levou ao aumento da pena de Leo Lins. Outro ponto que piorou a situação do humorista foi que piadas foram feitas em um contexto de descontração, diversão e recreação.

A decisão justificou que a apresentação de Leo Lins estimulou a propagação de violência verbal na sociedade e fomentam a intolerância. “O exercício da liberdade de expressão não é absoluto nem ilimitado, devendo se dar em um campo de tolerância e expondo-se às restrições que emergem da própria lei”, ressaltou o texto.

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André Viana é jornalista, formado pela PUC-MG. Já trabalhou como redator e revisor de textos, produtor de pautas e conteúdos para rádio e TV, social media, além de uma temporada no marketing.