A personagem fez sua estreia no capítulo
Nas duas versões, Odete entra em contato com sua irmã, Celina. Diretamente de Paris, ela anuncia, por telefone, que retornará ao Brasil, deixando claro que não pretende se hospedar na casa dos familiares.
A autora Manuela Dias fez pequenas mudanças no texto original de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, mas manteve a acidez e o elitismo, características marcantes da personagem.
Compare a versão original e o remake:
1988, com Beatriz Segall
“Não, Celina, não, obrigada. Não, meu bem, eu estou viajando acompanhada. Você reserva pra mim a suíte presidencial de um desses hotéis limpinhos aí. De preferência que não tenha um bando de mendigos na porta tentando agarrar a gente, né? E pede um desconto, eles dão. Ah, Celina, por favor, avise na portaria do hotel que eu detesto ter brasileiros de outros estados passando na porta do meu apartamento falando português. Essa gente viaja até com criança, às vezes. É, quanto menos eu ouvir falar português, melhor.”
2025, com Débora Bloch
“Não, Celina, obrigada, meu bem. Eu tô viajando acompanhada e a elegância pede um mínimo de privacidade. Mas eu já pedi pra reservar a suíte presidencial de um desses hotéis limpinhos aí do Brasil. De preferência que não tenha um bando de mendigos na porta tentando agarrar a gente. Eu ainda não sei qual vai ser, mas eu devo ficar no melhorzinho que tiver, que é pra evitar ter brasileiros de outros estados passando na porta do meu quarto, que isso é um horror total. Essa gente viaja até com criança, às vezes, é uma loucura. Sem falar que quanto menos eu ouvir falar português, meu bem, melhor. Voilà, mon chéri. Segunda-feira, às 21h30, eu estou aí.”
Os textos apresentam diferenças, como o “pedido de desconto” feito por Odete na versão original, além de outro ponto de destaque: a fala final de Débora Bloch no remake, que diz, “Voilà, mon chéri. Segunda-feira, às 21h30, eu estou aí.” Curiosamente, esse horário coincide com o início do