A atriz belga Emilie Dequenne, morreu de câncer aos 43 anos, nesse domingo (16) em, Paris. Dequenne alcançou a fama quando ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Cannes aos 18 anos pelo filme Rosetta em 1999.
Ela ganhou outro prêmio em Cannes por 'À Perdre la Raison’ - Nossos Filhos - em 2012, e recebeu um Cesar, uma das maiores honrarias do cinema francês, por ‘Les Choses Qu’on Dit, les Choses Qu’on Fait’ - As Coisas que Dizemos, as Coisas que Fazemos - em 2021.
Durante o tratamento, Emilie passou por diversos cuidados paliativos. A morte foi anunciada a AFP por seu agente, que disse também, que Dequenne revelou em outubro de 2023 que lutava contra um câncer da glândula suprarrenal. A doença é raro e seu diagnosticado foi dado dois meses antes, de ser afastada das filmagens.
A atriz participou de diversos filmes de língua francesa, mas também apareceu como policial Laurence Relaud no drama de TV da BBC de 2014, The Missing.
“No primeiro dia em que ela filmou na frente de uma câmera de verdade, ela conseguiu reunir toda a equipe”, disse Luc Dardenne, que dirigiu o filme com seu irmão Jean-Pierre, em uma homenagem à emissora RTBF.
“Foi ficando cada vez melhor conforme as filmagens avançavam… Ela estava magnífica e o filme deve muito a ela.” Em The Missing, ela interpretou Laurence Relaud, estrelado por James Nesbitt como o pai de um menino que desaparece durante as férias da família.
Seus outros filmes incluem ‘La fille du RER’ (A Garota no Trem), de 2009, ‘Pas Son Genre’ (Não é Meu Tipo), de 2014, e ‘Close’, indicado ao prêmio Cannes de 2022. A Ministra da Cultura francesa, Rachida Dati, lamentou a morte da atriz em suas redes sociais: “O cinema francófono perdeu, cedo demais, uma atriz talentosa que ainda tinha muito a oferecer.”
Em uma de suas últimas postagens no Instagram, para o Dia Mundial do Câncer em fevereiro, ela escreveu: “Que luta difícil! E nós não escolhemos...”
Em dezembro, ela declarou em uma entrevista à televisão francesa que lutava contra uma doença cada vez mais agressiva, o que dizia que “não viveria tanto quanto esperava”.