A cineasta mexicana Marcela Alcázar Rodríguez, de 33 anos, morreu após aplicar veneno de sapo em seu corpo durante um ritual para limpeza espiritual, em Durango, no México. O evento era descrito como “um local terapêutico de medicina ancestral”. O fato ocorreu no último domingo (1º).
Segundo o El País, alguns depoimentos apontam que a cineasta não ingeriu a substância conhecida como kambô, feita de veneno de rã, mas sim teve sua pele queimada e o veneno aplicado nas feridas.
Após a aplicação do veneno, a cineasta começou a apresentar sintomas graves, como vômitos, diarreias e outros desconfortos. Porém, ela foi impedida de buscar atendimento médico de imediato, após argumento de que as reações eram normais e faziam parte do processo de cura.
Quando finalmente a artista foi levada para o hospital, os médicos não conseguiram salvá-la e ela morreu no local. Após o ocorrido, o corpo da cineasta foi encaminhado ao Serviço Médico Legal para realização de autópsia. O caso pode ser investigado como homicídio.
Nas redes sociais, a Mapache Films lamentou a morte da cineasta. “Nos despedimos de nossa colega e amiga Marcela Alcázar, enviando forças à sua família e amigos”, diz parte do texto. O pajé responsável pelo ritual está foragido da polícia.
Desde 2004, a prática é proibida no Brasil por conta dos ricos. À época, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda e publicidade da substância. A rã Phyllomedusa bicolor, também conhecida como sapo kambô, vive em regiões do Brasil, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Venezuela.