A influenciadora Deolane Bezerra trocou a equipe de advogados que cuidam do seu caso na Justiça. A mudança aconteceu após denúncias contra a ex-BBB Adélia Soares, antiga advogada da influencer, virem a tona.
Adélia é investigada por ter ajudado um grupo chinês a operar jogos ilegais no Brasil. Dentro do período de 22 de setembro de 2022 e 23 de julho de 2024, o grupo teria movimentado mais de R$ 2 bilhões. A advogada foi indiciada por falsidade ideológica e associação criminosa.
Agora, quem cuida do caso de Deolane é o escritório dos advogados Rafael Adamek e Luiz Eduardo Monte, que fica em Brasília (DF). Os advogados entraram no caso na última sexta-feira (13), e nesta terça (17) entraram com um novo pedido de habeas corpus a favor da influenciadora no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Entenda a prisão da influenciadora
Na última quarta-feira (4), Deolane e Solange, sua mãe, foram presas preventivamente pela Polícia Civil, no bairro Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, durante operação que visa coibir crimes de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais, que recebeu o nome de ‘Integration’. Em carta escrita à mão e publicada no Instagram, Deolane afirmou ser inocente e que está ‘sofrendo uma grande injustiça’.
Na segunda-feira (9), a Justiça concedeu o direito a prisão domiciliar. No entanto, Deolane deveria seguir algumas medidas cautelares para manter o benefício, como: permanecer em prisão domiciliar, inclusive nos fins de semana e feriados; usar tornozeleira eletrônica; não entrar em contato com os demais investigados; e não se manifestar por meio de redes sociais, imprensa ou outros meios de comunicação.
Porém, logo na saída, a influenciadora encontrou uma multidão na porta da penitenciaria e aproveitou a oportunidade para falar com a imprensa e os fãs que estavam no local. Ao mesmo tempo, ela publicou uma ‘carta aberta’ no Instagram, infringindo as regras impostas judicialmente.
Na terça-feira (10), a Justiça de Pernambuco revogou a prisão domiciliar de Deolane Bezerra. Porém, a Justiça determinou que, dessa vez, a influenciadora ficasse detida no Agreste pernambucano, há cerca de 280 quilômetros da capital. Segundo o TJPE, a decisão tem o objetivo de evitar uma aglomeração, como a que se formou em frente à Colônia Penal Feminina do Recife, e mantê-la “longe da influência direta e intensa de centros urbanos”.