Em 1999, as irmãs Wachowski nos levaram para dentro da toca do coelho, um mundo virtual onde a ação desafiava a gravidade, a mente se dobrava à tecnologia e a verdade era uma ilusão cuidadosamente construída.
O filme conta a história de Neo (Keanu Reeves), um hacker que descobre que o mundo real é uma simulação criada por máquinas para controlar os humanos e que acaba sendo cooptado por um grupo de rebeldes liderados por Morpheus (Laurence Fishburne) para lutar contra as máquinas e libertar a humanidade.
O roteiro abordava os perigos do avanço tecnológico indiscriminado, e a produção tratava de dar alguns passos adiante na tecnologia dos efeitos visuais criando um novo padrão estético que seduziu público e crítica.
O filme foi um sucesso, arrecadando mais de US$ 460 milhões em bilheteria e sendo indicado a quatro Oscars, incluindo Melhor Filme. Ganhou ainda dois Oscars por Melhor Edição e Melhores Efeitos Visuais.
Além de seu impacto cultural, o longa também teve um impacto na tecnologia visual de produção cinematográfica. Por ser um dos primeiros a usar efeitos visuais gerados por computador em grande escala, estabelecendo um novo padrão para os efeitos visuais no cinema.
Tudo isto faz de Matrix uma produção com grande relevância na indústria cinematográfica até hoje, abordando temas como a natureza da realidade, a relação entre humanos e máquinas e o poder da escolha. É um filme que faz refletir e que continua a inspirar cineastas, roteiristas, produtores e artistas de todo o mundo.
De Neo a John Wick: a trajetória de Keanu Reeves
Keanu Reeves, o eterno Neo, viu sua carreira alçar voos ainda mais altos após “Matrix”. O ator se consagrou como um dos maiores nomes do cinema de ação, com franquias como “John Wick” provando sua versatilidade e carisma. Mas Reeves não se limita à ação: ele também brilhou em dramas como “Casa do Lago” e comédias românticas como “Destination Wedding”, mostrando seu talento multifacetado. O ator atuou no último filme da franquia “Matrix” lançado em 2022: “Matrix: Resurrections”.
Carrie-Anne Moss: a força feminina de Trinity
Carrie-Anne Moss, a destemida Trinity, quebrou barreiras como uma heroína de ação complexa e empoderada. Sua performance marcante em “Matrix” abriu portas para outros papeis de destaque, como em “Jessica Jones” e “Memento”. Moss se tornou um ícone para mulheres no cinema, provando que força e sensibilidade podem andar de mãos dadas. Ela também retornou no papel de Trinity em “Matrix: Resurrections” de 2022.
Laurence Fishburne: o mentor Morpheus e além
Laurence Fishburne, o sábio e enigmático Morpheus, trouxe sua presença imponente e voz marcante para o papel do mentor de Neo. Sua atuação em “Matrix” solidificou sua reputação como um ator versátil e talentoso, capaz de transitar entre dramas intensos como “Mystic River” e blockbusters como “Batman vs Superman”. Fishburne continua a ser uma figura influente em Hollywood, inspirando novas gerações de atores. Recentemente atuou na série “Clipped” no papel do técnico Doc Rivers.
Hugo Weaving: a ameaça inesquecível do Agente Smith
Hugo Weaving, o vilão Agente Smith, entregou uma performance arrepiante, elevando o antagonismo em “Matrix” a um novo patamar. Sua capacidade de transmitir frieza e ameaça, combinada com sua versatilidade em outros papéis como em “O Senhor dos Anéis”, “Priscilla, a Rainha do Deserto” e “V de Vingança”, o consagrou como um dos grandes atores da sua geração. Recentemente Weaving integrou o elenco da série Mr. Corman, ao lado do ator Joseph Gordon-Levitt.
O legado de “Matrix": muito além do cinema e efeitos especiais que mudaram o jogo
“Matrix” transcendeu a tela grande, influenciando a cultura pop, a moda, a música e até mesmo a filosofia. O filme gerou debates sobre a natureza da realidade, a inteligência artificial e o futuro da humanidade, temas que continuam relevantes hoje. A franquia expandiu com sequências, jogos, quadrinhos e animações, consolidando seu lugar na história da cultura pop.
O filme inovou também na forma de se representar o movimento nas telas. O revolucionário “bullet time”, que permitia congelar a ação enquanto a câmera se movia em torno da cena, deixou o público boquiaberto e se tornou uma marca registrada de “Matrix”. Essa técnica, combinada com coreografias de luta espetaculares, elevou o padrão dos filmes de ação e inspirou inúmeros cineastas.
25 anos depois, “Matrix” continua nos fazendo questionar o mundo ao nosso redor. O filme nos lembra que a busca pela verdade e a luta pela liberdade são batalhas constantes.
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* sob supervisão de Enzo Menezes