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Vídeos mostram Nego Di em carro de luxo e deboche a vítimas de golpes: ‘Tá chegando’

Defesa do influenciador entrou com habeas corpus para que ele responda processo em liberdade

Influenciador é acusado de vender produtos por uma loja virtual, e não entregar.

O humorista e ex-BBB Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, está preso suspeito de estelionato contra, pelo menos, 370 pessoas. O influenciador é acusado de vender produtos, por uma loja virtual, e não entregar.

Em vídeos obtidos pela CNN, Nego Di aparece dirigindo um carro de luxo da marca BMW enquanto conversa com um homem, que realiza o registro do momento. “Ninguém mandou comprar televisão. Ninguém mandou comprar ar-condicionado. Bateu, eu não quero nem saber. Olha o ar chegando. Chego a TV aqui. TV branca”, comenta o homem com ironia e rindo.

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“Tá chegando os ar”, afirma Nego Di no vídeo, fazendo referência a aparelhos de ar-condicionado.

Em outro vídeo, Nego Di participa de um podcast. Todos riem quando ele diz que “lançou uma promoção” do ar-condicionado, além de afirmar que a loja é dele mesmo.

Ainda no podcast, ele comenta sobre a origem dos produtos e diz que, se as compras não forem entregues, é por “usuário não encontrado”, referindo-se a que a loja não tenha encontrado o destinatário.

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Entenda

A prisão de Nego Di foi decretada pela Justiça do Rio Grande do Sul por crime de estelionato após denúncias de que o influenciador participava de um esquema de venda online de produtos que nunca foram entregues. O humorista divulgava em seus perfis nas redes sociais os produtos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, vendidos a preços abaixo do de mercado.

Segundo a polícia, o prejuízo financeiro causado às vítimas é estimado em mais de R$ 5 milhões. O influenciador foi preso em uma casa na praia de Jurerê Internacional.

Ele foi levado para o Palácio da Polícia, em Porto Alegre. Em seguida, Nego Di foi encaminhado para a Penitenciária de Canoas, na região metropolitana da capital gaúcha. O ex-BBB segue preso preventivamente.

* Sob supervisão de Enzo Menezes.


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Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia