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Ex-bbb e influenciador Nego Di, tem pedido de liberdade negado pela Justiça do RS e continua preso

Dilson Alves da Silva Neto participou do Big Brother Brasil em 2021 e causou mais de R$ 5 milhões de prejuízo a clientes; de acordo com a Justiça, a prisão foi mantida por risco de fuga e porque Nego Di seguiria cometendo crimes

Nego Di foi preso pela Polícia Civil do RS, em Florianópolis, Santa Catarina.

A Justiça do Rio Grande do Sul, negou o habeas corpus da defesa de Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, que pedia a liberdade do ex-bbb, influencer e humorista. Ele está preso preventivamente em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, desde domingo (14), por suspeita de estelionato.

As investigações apontam que desde 2022, Nego Di, junto com seu sócio Anderson Bonetti, que também é suspeito de estelionato, e está foragido com mandado de prisão preventiva expedido, vendiam produtos que nunca foram entregues. Ainda conforme a PC o prejuízo das 370 vítimas no esquema liderado pelo ex-bbb, ultrapassa a casa dos R$ 5 milhões de reais.

Os advogados de defesa de Nego Di dizem, em nota, que “mantém a confiança de que o Poder Judiciário verificará a desnecessidade da prisão preventiva neste momento, considerando os fatos e as circunstâncias do caso”. Ainda de acordo com a Justiça, a prisão foi mantida com base em argumentos do MP: risco de fuga e porque Nego Di seguiria cometendo crimes.

“O indeferimento foi porque há elementos suficientes para a manutenção da prisão preventiva, apresentada a questão da lesão que foi causada em inúmeras pessoas. Tem, então, indícios suficientes da participação dele nesses estelionatos. Por isso, por ora, ele vai ser mantido segregado”, diz o delegado Cristiano Reschke, ao G1.

Arnas de uso restrito das Forças Armadas foi apreendida com Gabriela, namorada de Nego Di, que acabou presa em flagrante.

O humorista chegou a Porto Alegre nesse domingo (14), após ser preso preventivamente pela Polícia Civil do RS na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. Na última sexta (12), ele havia sido alvo de uma operação do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro. Segundo Sodré, o humorista foi direcionado para a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).

As investigações a partir de agora está entrando em uma nova fase, de ‘aprofundar a questão patrimonial’, de acordo com o Chefe da Polícia do RS, Delegado Fernando Sodré.

“Verificar a questão da lavagem de dinheiro, algum tipo de bem patrimonial, crime patrimonial envolvido”, detalha Sodré, ao g1. Ainda conforme a PC o prejuízo das 370 vítimas no esquema liderado pelo humorista Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, ultrapassa a casa dos R$ 5 milhões de reais.

Participação no BBB 21

Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, participou do Big Brother Brasil (BBB) em 2021. Ele entrou como integrante do grupo Camarote, pois já trabalhava como influenciador digital e comediante, e foi o terceiro eliminado do programa, com 98,76%. O trabalho nas redes sociais iniciou após o reality, quando o ex-bbb promoveu rifas, divulgando no regulamento que “quem comprar mais números” ganha o prêmio.

Nego Di foi um dos aliados de Karol Conká. Apesar da proximidade inicial com Lucas Penteado, fez parte dos momentos de hostilidade ao ator.

Nego Di já sofreu sanções da Justiça do Rio Grande do Sul por divulgação de fake news em seus perfis nas redes sociais. Em decisão em maio deste ano, o Tribunal de Justiça (TJ), ele teve que apagar publicações sobre as enchentes.

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O esquema

Segundo as investigações, Nego Di vendia produtos incluindo TVs, ar-condicionado e aparelhos celulares por um preço abaixo do mercado e não os entregava. Nas redes, ele dizia ter sido contratado por Boneti para apenas divulgar os produtos, mas em um outro vídeo dizia ser o dono e garantia a entrega do produto aos clientes.

Uma das vítimas do golpe, que teve um prejuízo de R$ 30 mil, ao comprar dois celulares e alguns ar-condicionado, contou à CNN sobre o modus operandi de Nego Di.

Segundo ela, o suspeito vendeu, em 2022, aparelhos celulares com valores bem abaixo do mercado e fez a entrega, para dar veracidade ao golpe. Logo após, ele anunciou que criaria uma loja virtual, vendendo produtos em preço baixo para todos pudessem ter acesso. O prazo de entrega dos produtos eram de 50 dias, o que para a polícia foi um plano idealizado por Nego Di, para poder ludibriar outras pessoas, fazendo mais promoções para atrair outros clientes nesse tempo.
A partir da procura das vítimas à polícia, houve quebra de sigilo bancário, demonstrando que, em um curto período de tempo Nego Di recebeu mais de R$ 300 mil reais, confirmando o dolo de estelionato.

Nego Di vendia produtos nas redes sociais, mas não entregava para os clientes.


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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.