Ouvindo...

Caso Priscila Belfort ganha documentário após 20 anos do desaparecimento; relembre

Jovem tinha 29 anos, quando desapareceu no centro do Rio de Janeiro, em 2004; mãe de Priscila cedeu mais de duas mil horas de materiais e fotos inéditas da filha

O streaming Disney + irá lançar sua primeira série brasileira, sobre o misterioso desaparecimento de Priscila Belfort, irmã de Victor Belfort. O caso aconteceu em janeiro de 2004, quando a jovem na época tinha 29 anos e trabalhava na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, no Centro do Rio de Janeiro. Ela saiu do trabalho naquele dia, para almoçar e simplesmente sumiu sem deixar rastros.

Na época, dois dias após o sumiço de Priscila, o desaparecimento dela foi divulgado pelo site do irmão. O crime que parou o Brasil, completou 20 anos em janeiro deste ano. A plataforma ainda não confirmou a data de estreia.

Após a denúncia do desaparecimento à polícia, nenhum pedido de resgate foi feito. O caso ganhou maior repercussão devido a Vitor, que na época era um dos destaques na carreira como lutador e estava recém-casado com Joana Prados, a ex-Feiticeira.

A mãe de Priscila, Jovita Belfort, ajudou na produção e cedeu mais de duas mil horas de materiais de arquivo e fotos inéditas de Priscila Belfort.

“Eu tenho três netos que só ouvem falar da Priscila, e achei que estava na hora deles conhecerem Priscila”, disse Jovita.

Produção de ‘Volta Priscila’

Priscila trabalhava na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, no Centro do Rio de Janeiro. Desapareceu no dia 9 de janeiro de 2004, após sair do trabalho para almoçar. De acordo com Bruna Rodrigues, uma das diretoras de produção, será o universo de Priscila.

“Mergulhamos no universo de Priscila. Pensamos como iríamos contar esse quebra-cabeça. Porque ninguém some à luz do dia, em avenida movimentada, do nada”, disse Bruna, a Folha de São Paulo.

O caso

Desde o desaparecimento da jovem de 29 anos, na época, familiares especularam vários motivos que levariam Priscila a não ser mais vista. Entre elas, confusão mental, pois ela havia apresentado lapsos de memória, dívidas por uso de drogas, após uma denúncia feita em 2007. E também, sobre uma mulher que disse à polícia sobre um grupo de pessoas que tiveram envolvimento no assassinato de uma vítima, que, supostamente, seria a irmã de Vitor Belfort.

Durante três anos, as investigações chegaram a apontar outros suspeitos e até a realizar exame de DNA em um corpo encontrado carbonizado numa favela do Rio. Nesse período, no entanto, a família duvidava das especulações sobre sequestro, alegando nunca ter recebido pedido de resgate.

A polícia trabalhava com a hipótese de homicídio, mas a família não descarta que ela possa estar viva. Após investigações, as suposições foram descartadas e o caso foi arquivado.

Caso foi reaberto pelas autoridades

Com o anúncio da série, o caso foi reaberto pelas autoridades do Rio de Janeiro. A produção conta com apoio da família, que cedeu horas de imagens de arquivos para o Disney+.

No Dia Nacional da Pessoa Desaparecida, em 30 de agosto, Vitor Belfort compartilhou uma publicação em suas redes sociais conscientizando a respeito do caso e de outras pessoas desaparecidas. "É uma dor muito grande muito grande para as famílias. Muitas crianças, famílias, mulheres que não sabem onde se encontram. Acontece todo dia e a vítima pode ser qualquer pessoa. A conscientização é poder dividir com todo mundo. É lembrar que tem mães que estão enterrando o seu filho por anos, como a minha mãe”, publicou.

Leia também


Participe dos canais da Itatiaia:

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Leia mais