Três anos depois de deixar a Globo, o apresentador Tiago Leifert falou sobre o tempo livre que tem para aproveitar com a filha, Lua. Ele ainda aproveitou para atualizar a saúde da pequena, foi diagnosticada com retinoblastoma, um tipo de câncer na retina, no segundo semestre de 2021, quando ainda não havia completado um ano.
"É muito gostoso poder controlar seu tempo. Principalmente, porque eu demorei para ser pai. Eu fui pai com 40 anos e quero aproveitar minha filha. Quero ficar com ela, com meus sobrinhos, quero vê-la crescer, quero estar muito presente e estou conseguindo”, disse ele, em entrevista à revista Quem.
Tiago relembrou o tempo que tomava a apresentação do BBB. “Não preciso estar no Rio de Janeiro no dia seguinte, não tenho que fazer ‘Jogo da Discórdia’ na segunda-feira à noite. Agora, consigo controlar mais meu tempo. Estou gostando. Já já ela [Lua] vai crescer e não vai mais olhar na minha cara e aí eu penso o que vou fazer da minha vida”, ressaltou.
Ele explicou que a pequena, de 3 anos, continua seu tratamento. “Ela está muito sapeca, precisa de quatro adultos para vigiar - um em cada ponto cardeal - senão, ela foge. Ela é muito arteira, esperta e está bem. Está em tratamento ainda. O câncer vai demorar bastante para a gente poder comemorar alguma coisa, a gente tem o dia a dia, porque ele é traiçoeiro”, contou.
“Mas a gente tenta dar a ela a vida mais normal possível. Então, ela está na escola. Inclusive, está com uma virose, porque, na escola é assim, uma semana em casa, uma semana na escola. E está tudo bem, ela tem uma vida, dentro do possível, normal”, acrescentou.
O apresentador encheu a filha de elogios: “E ela é muito aguerrida, ela ignora o tratamento, ela não está nem aí para nada. Acho que tem crianças que, depois de passarem pelo o que ela passou, podem ficar retraídas, com razão, de ficarem desconfiadas, se a pessoa vai furar com uma agulha. Ela é ao contrário, ela é a que chuta, que dá soco, fala: ‘Me solta, que eu não vou fazer exame nenhum’. Ela é assim. Está difícil, mas está um barato.”
O que é o retinoblastoma?
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Ele explica que quanto mais o
O que pode causar o retinoblastoma?
O especialista pontua que não existe uma causa específica que seja possível detectar para prevenir a doença. “A retina é um tecido que vai maturando à medida que a criança vai crescendo, então a maioria desses tumores são de origem esporádica”, afirma.
Contudo, Neto destaca que em alguns casos possível reconhecer um padrão de hereditariedade. “No caso do retinoblastoma unilateral, 10% desses casos é uma doença que passa dos pais para os filhos, principalmente nos casos que são diagnosticados antes de um ano e que tem vários focos do tumor em um olho só, é o que a gente chama de unilateral multifocal. Já no caso dos retinoblastomas bilaterais essa porcentagem aumenta e conseguimos encontrar em quase um quarto dos casos um histórico da doença na família”, pontua.
O médico frisa que não são 100% dos casos em que há a relação entre o diagnóstico e a hereditariedade.
Qual o tratamento para o retinoblastoma?
Neto afirma que os tratamentos para a doença dependem do tamanho das lesões, do acometimento do tumor no olho e do acometimento sistêmico. “O tratamento varia desde o mais temido, que é a nucleação de retirada do olho, até tratamentos com técnicas muito avançadas de tratamento oftalmológico local, como laser terapia, crioterapia e a quimioterapia intra-arterial. Nestes a gente administra micro doses no tumor através da artéria oftalmológica”, explica .
Em casos de pacientes com a doença mais avançada, eles podem ser submetidos a quimioterapia endovenosa e a radioterapia, ou seja, um tratamento sistêmico.
Como prevenir a doença?
Como não há como prever o surgimento da doença, a melhor forma de tratar é fazer o diagnóstico no estado inicial. “Dessa forma é possível não só preservar a vida que é o objetivo principal, como também o olho”, afirma.
Neto esclarece que hoje existe uma lei que prevê que todos os bebês já saiam da maternidade com o teste do reflexo vermelho, conhecido como teste do olhinho. “Esse teste sendo bem feito já é a primeira etapa para tentar identificar alguma alteração, como um reflexo vermelho alterado ou ausência do reflexo vermelho. Esses quadros necessitam ser avaliados”
O profissional também destaca a importância das consultas periódicas aos pediatras no primeiro e segundo ano de vida das crianças.