A atriz
Alex Freire Sandes, hematologista do Grupo Fleury, em São Paulo, explica que a doença ocorre quando as hemácias - glóbulos vermelhos - são destruídas pelos próprios anticorpos do organismo.
De acordo com o médico, a LLC está associada a AHAI. "É muito comum pessoas com LLC desenvolver Anemia Hemolítica Autoimune durante o acompanhamento. Às vezes a gente descobre LLC quando vai fazer investigação da Anemia Hemolítica Autoimune. Porém, tem paciente com Anemia Hemolítica Autoimune isolada, sem estar associada com a LLC. Mas as duas tem uma intimidade”, esclarece.
Segundo ele, os sintomas da AHAI são, basicamente, os que ocorrem em uma anemia mais acentuada. Dentre eles, cansaço, falta de disposição e falta de ar ao caminhar. “Os sintomas são muito mais aparentes”, comenta.
Sobre a AHAI, ele explica: “Essa doença a gente controla. Usamos medicações que vão combater esses anticorpos. O tratamento de primeira linha, geralmente, é com corticoide - prednisona em alta dose”, diz.
“Muitas pessoas que têm Anemia Hemolítica Autoimune isolada, nunca mais têm a doença na vida. Mas cerca de 30% dos casos podem voltar no futuro e aí você trata novamente. Têm alguns casos que a gente consegue curar sim, mas em outros ela pode continuar voltando. Aí é mais desafiador, você tenta o corticoide de novo, se passou de um ano, ou então medicações imunossupressoras pra tentar controlar a doença”, acrescenta.
O médico destaca a importância de exames regulares, como hemogramas anuais, para diagnóstico precoce das doenças.
Entenda
Com
No momento em que falava sobre os cuidados com a saúde, Susana abordou a doença. “Como tudo... arroz, feijão, farinha... adoro farinha. Como pão e tudo. Esses negócios de fazerem coisas na cara, não me chamam atenção, porque eu não precisei e, por isso, não faço. Não sou contra! A minha testa, na hora que eu achar que me incomoda, eu farei um botox, mas já sofri tanto injeção na vida por causa da doença que eu tive”, inicia.
Ela continua: “Eu tenho leucemia linfocítica crônica, que é uma doença. Não tem cura e não adianta fazer transplante de medula. Eu também tenho outra doença de sangue que se chama anemia hemolítica autoimune. Óbvio que na medida que você vai ficando com mais idade você fica preocupada, então essa doença parece que foi Deus. Me deixou em paz. Ou eu estou mais em paz talvez.”
‘Mais viva do que nunca’
Ao relembrar seu papel em “Terra e Paixão” como Cândida Ferreira, Susana reflete. “Morri com tanta raiva, não consigo, acho besteira me matarem em uma novela. Quem perde é o público”, comentou.
“Tem uma coisa espiritual que eu acho que entra dentro de mim e me faz fazer esses personagens. Eu consigo talvez botar a tristeza da minha vida pessoal de muitas vezes não ter dado certo em alguns casamentos ou ter passado por momentos de doença. Eu consigo me alegrar porque aqui eu estou viva, mais viva do que nunca dentro do estúdio dessa empresa”, diz.
Nascida como Sônia Maria Vieira Gonçalves, ela conclui. "É muita pouca gente que me conhece e talvez eu me proteja através dela. Eu fui criada por um general e isso me ensinou a ter disciplina”.
Ao fim da sua participação, Susana destaca: “Eu continuo ligada no amor, no sexo. O que eu quero dizer é que quando você continua desejando alguma coisa, você continua viva e bonita. Deseje que seja um pão com manteiga, um emprego melhor, que seja um homem, uma mulher. Deseje! [...] O meu verbo não é sonhar, é desejar, seja o que for”, encerra.