A cultura em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais amanheceu fora do ritmo neste sábado (18). A música e a cultura perderam Joãozinho da Percussão. As causas da morte não foram divulgados. O sepultamento será no Cemitério Municipal da cidade.
João Baptista Pereira tinha 84 anos. O instrumentista e percussionista juiz-forano nasceu em 24 de junho de 1939, Cresceu no Bairro São Mateus e aos 5 anos começou a tocar bateria. O talento musical o levou até grandes nomes da música brasileira e a eventos mundiais, como o Festival de Montreaux, na Suíça.
No Carnaval 2024, Joãozinho da Percussão foi homenageado no desfile do Parangolé Valvulado com o frevo enredo “África Brasil, Joãozinho o Rei da Percussão”.
Mestre que transformava tamborim, pandeiro, maracás, bongô e cuíca em música, Joãozinho tem seu ritmo presente em álbuns como "África Brasil” (1976), de Jorge Ben Jor, “Mudança de Estação” (1981), do grupo A Cor do Som, e Regina (2003), do baixista juiz-forano Dudu Lima. Em 2002, participou da gravação do CD, DVD e especial da MTV “Acústico Jorge Ben Jor”, além de shows do cantor em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Apresentou-se no exterior com Ben Jor no Olympia, em Paris, e no Festival Internacional de Jazz de Montreux e Chico Buarque, no Le Zenith, em Paris, e foi com Pepeu Gomes e Baby Consuelo, no Festival Internacional de Jazz de Montreux. Também esteve em turnê na Europa com o Coro Mater Verbi. E se apresentou no México, no Canadá e nos Estados Unidos.
Também tocou com Benito di Paula, Tim Maia, Joyce, Carlinhos Vergueiro e Paulinho Boca de Cantor, que foi dos Novos Baianos.
Em 2010, revisitou a trajetória no documentário “João do Ritmo”, do cineasta juizforano e professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Adriano Medeiros, que foi viabilizado pela Lei Murilo Mendes de Incentivo à Cultura. Além da entrevista, participou da escolha da trilha sonora.
