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Caso Jéssica: veja o que disse Whindersson Nunes em depoimento

Polícia Civil de Minas Gerais concluiu, em investigação, que conversas falsas foram disparadas pela própria jovem

Jessica Canedo e Whindersson Nunes não se conheciam

Whindersson Nunes, de 28 anos, negou antes da morte de Jéssica Vitória Canedo, de 22, ter tido qualquer tipo de contato com ela. Inclusive, o humorista afirmou que não conhecia a jovem. Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, divulgadas em coletiva nesta quarta-feira (6), apontaram que as conversas foram criadas pela própria Jéssica, que depois disparou o conteúdo por meio de perfis falsos para páginas de fofoca. Estas páginas, em seguida, divulgaram o conteúdo sem checar a veracidade.

Felipe Oliveira, delegado responsável pelo caso, explicou que a jovem enfrentava uma depressão. Após a divulgação dos prints falsos na internet, ela começou a receber ataques e um deles, que foi mais direto, instigou ela a cometer autoextermínio.

“Com essa investigação, concluímos que todas essas notícias veiculadas pelas páginas de notícias partiram da própria jovem. Ela fez toda a montagem sobre esse suposto relacionamento. O humorista foi ouvido e negou qualquer tipo de conversa com ela”, apontou o delegado, que destaca: “Não cabe a gente fazer juízo de valor sobre o que motivou ela a tomar essa atitude, até porque ela enfrentava tratamento psiquiátrico”. Jéssica fazia uso de medicamentos.

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Nesse processo, uma pessoa que instigou Jéssica a se matar foi identificada - a jovem, de 18 anos, que é da cidade do Rio das Ostras, do Rio de Janeiro, foi indiciada por instigação ao suicídio.

O delegado explica que as páginas não tiveram intenção de levá-la a cometer suicídio, já que a informação não foi divulgada por causa da jovem e sim em decorrência do humorista, uma pessoa famosa. “A única pessoa que fez isso de forma dolosa foi essa jovem do Rio de Janeiro. A gente não está falando de responsabilidade cível das páginas, que não cabe a Polícia Civil apurar e nem imputar esse tipo de responsabilidade. Paralelamente, existe a possibilidade de investigação por crimes contra a honra, pela própria veiculação. Mas é necessário uma representação da família”, destacou.

Depoimento de Whindersson

Antes da morte de Jéssica, o humorista pontuou que as conversas eram falsas. “Eu não faço ideia de quem seja essa moça e isso é um print fake”, comentou ele nas redes sociais ao compartilhar a postagem que dizia: “Veja: São divulgados prints de conversas de Whindersson Nunes com sua nova affair”.

O delegado falou sobre o teor do depoimento de Whindersson."Pra polícia, ele só recebeu as perguntas que foram feitas, que eram no sentido de se ele manteve algum tipo de contato com a jovem, se ele teve esse diálogo que foi divulgado. Ele negou ter tido qualquer tipo de contato com ela”, destacou.

Relembre o caso

Perfis de redes sociais publicaram prints de supostas conversas entre Whindersson Nunes e Jéssica Canedo. Nas mensagens, o homem flertava com a mulher e a convidava para um encontro.

Os dois vieram a público desmentir a história. Whindersson alegou que a conversa era falsa e que não conhecia Jéssica. Ele ainda criticou erros no texto: “VIM???? Eu escrevo tudo, eu não sei escrever Réveillon, mas VIR eu sei”, disse ele sobre um trecho da mensagem que diz “Posso pedir pra agilizar tudo pra você vim?”

Jéssica Canedo também se manifestou nas redes sociais. Além de apontar que os comentários direcionados a ela estavam ‘passando dos limites’, ela ainda afirmou: “eu jamais imaginei ter que vir aqui me pronunciar sobre seja lá o que for. Afinal, eu não sou famosa e nem nunca quis ser”.

Centro de Valorização da Vida

Se você estiver passando por uma situação difícil e precisar de ajuda, ligue para o CVV (Centro de Valorização da Vida) no telefone 188. O CVV é uma entidade civil que oferece apoio voluntário, gratuito e anônimo em prol da prevenção do suicídio.

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Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.