O músico Rinaldo Amaral, mais conhecido como o Mingau da banda Ultraje a Rigor, completou um mês
internado novamente no hospital São Luiz Itaim, em São Paulo. O baixista de 56 anos enfrentou uma infecção pulmonar, a segunda desde que foi baleado na cabeça em setembro.
Conforme boletim médico divulgado nesta segunda-feira (4), o artista “segue internado, com quadro clínico estável e recebendo toda a assistência multiprofissional necessária enquanto aguarda condições clínicas favoráveis para alta hospitalar”. Não foi informada previsão para a liberação do artista.
Mingau foi readmitido na unidade de saúde em 2 de fevereiro, menos de um mês após receber alta médica. O músico estava em uma clínica de retaguarda após ter sido liberado do hospital no qual já havia passado quatro meses internado desde o acidente, no Rio de Janeiro.
Mingau foi baleado na cabeça
O músico passava de carro pelo bairro Ilha das Cobras, em Paraty, quando
foi atingido por um disparo de arma de fogo. No trajeto com destino à São Paulo, Mingau estava passando pela Praça do Ovo,
região conhecida pelo tráfico de drogas, em uma picape escura com película nos vidros - que foi atingida por disparos.
“O inquérito foi relatado e encaminhado à Justiça. Os agentes realizam diligências para localizar e prender o último envolvido”, conforme informações da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ). Até o momento, quatro dos cinco suspeitos foram detidos.
Transferência de hospital
Mingau deu entrada no Hospital Municipal Hugo Miranda, no Rio de Janeiro, às 22h39 de 2 de setembro, com um
caso grave de ferimento causado por projétil de arma de fogo no crânio. Pela falta de um neurocirurgião na unidade,
familiares e amigos conseguiram um helicóptero com UTI móvel que levou o músico ao Hospital São Luiz do Itaim, em São Paulo.
Três cirurgias
O músico foi submetido a uma
cirurgia intracraniana em 3 de setembro, mesma data em que completou 56 anos. O procedimento de emergência foi realizado pelo Dr. Manoel Jacobsen Teixeira e durou 3h30. Após a operação, o quadro de Mingau ainda era definido como grave e médicos do artista ainda não se pronunciavam a respeito de possíveis sequelas.
O baixista do Ultraje a Rigor foi submetido a um novo procedimento em 7 de setembro. A segunda cirurgia de Mingau foi uma craniectomia descompressiva, procedimento que tem como finalidade auxiliar no controle da pressão intracraniana. A operação durou 2h56, conforme divulgado pelo hospital à época. Após o procedimento, ele continuou sedado e em ventilação mecânica.
Rinaldo Amaral passou por uma terceira cirurgia dias depois, em 11 de setembro. Na ocasião, foi realizada uma traqueostomia (abertura frontal da traqueia com inserção de cânula, segundo divulgado pelo hospital). O paciente seguia respirando com ajuda de aparelhos, mas a equipe da unidade médica já reduzia gradativamente os sedativos do músico.
Fim da sedação e primeiro abrir de olhos
Ainda na UTI, Mingau estava com quadro estabilizado quando a
sedação foi completamente retirada pela equipe do hospital em 17 de setembro. Sem os remédios que mantinham o músico dormindo, ele abriu os olhos pela primeira vez após ser baleado três dias depois, em 20 de setembro. Na ocasião, o hospital explicou que ele estava em processo de “desmame” da ventilação mecânica.
Conforme informações da equipe médica, a recuperação do baixista do Ultraje a Rigor foi “lenta e gradual”. Cerca de um mês após ser baleado, atualizações davam conta de que
o músico já interagia com a família através do piscar dos olhos. Segundo boletim liberado em 18 de outubro, Mingau recebia suporte fisioterapêutico e passava períodos do dia sentado.
Primeira infecção pulmonar
Cerca de 75 dias após ser internado, em 17 de novembro,
Mingau foi diagnosticado com uma infecção pulmonar. A doença, definida pela equipe como “comum em casos de internação prolongada”, foi tratada com antibióticos. Na ocasião, o quadro do músico seguia estável e a alta médica do músico já era prevista para “próximas semanas”.
Vaquinha
Em novembro, dois meses após a hospitalização do músico, a
família abriu uma vaquinha online para pedir ajuda com o tratamento. A filha, Isabella Aglio, comentou que foram surpreendidos com a conta do hospital. No total da meta de R$ 600 mil, a ajuda cobre R$ 319.020 mil nas despesas médicas nas duas cirurgias - cirurgião, assistente, anestesista, e equipe clinica -, cadeira de rodas de R$ 15 mil, luvas de reabilitação robô por R$ 3mil e o que for arrecadado a mais será usado na terceira cirurgia para colocação de prótese que deverá ocorrer até março.
Evolução no quadro
No dia 30 de novembro,
a filha de Mingau postou um vídeo emocionante do pai nas redes sociais que mostrava ela pedindo que o músico movesse um dos dedos e ele levanta o polegar. “Aqui toda vitória é muito comemorada”, destacou.
Doação de cadeira de rodas
Pouco mais de três meses internado,
Mingau ganhou uma cadeira de rodas. O presente foi exibido pela filha. “Mais uma vez, obrigada por tudo”, escreveu ela. A empresa já havia prometido presentear o baixista do “Ultraje a Rigor”, quando Isabella participou do “The Noite”, programa comandado por Danilo Gentili, no SBT, que a banda Ultraje a Rigor fazia parte. Além da cadeira, a empresa doou também R$ 10 mil para ajudar no pagamento das despesas e tratamento do músico.
Alta hospitalar
Mingau recebeu alta hospitalar em 8 de janeiro, após quatro meses de internação. O músico seguiu com o tratamento em uma clínica de retaguarda escolhida pela família para reabilitação.
De acordo com o boletim médico, Mingau deixou a unidade sem sedação, respirando espontaneamente e com boa evolução no quadro neurológico. “O paciente deu entrada no dia 3/9/2023 na unidade e recebeu toda a assistência multiprofissional necessária. Passou por três procedimentos cirúrgicos e, após tratamento de um quadro infeccioso, reuniu condições de alta com segurança.”
Nova internação
Rinaldo Amaral foi internado
em São Paulo em 2 de fevereiro, menos de um mês
após receber alta médica e
dar entrada em uma clínica de reabilitação. O baixista do Ultraje a Rigor
teve uma nova infecção pulmonar, quadro que já havia enfrentado em novembro.
Mingau foi internado com um “quadro infeccioso pulmonar associado a alteração de hábito intestinal”. Segundo boletim médico, o tratamento da infecção já foi concluído e o quadro do paciente é estável.
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