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Campanha de Bolsonaro apresenta ao TSE relatório sobre inserções de rádios

Ministro das Comunicações, Fábio Faria acusa emissoras de cercearem veiculação de ‘spots’ de rádio na programação

Ministro das Comunicações, Fábio Faria, diz que campanha pede isonomia nas veiculações de rádio

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (25), um documento em que contém auditoria realizada em emissoras de rádios, acusadas de prejudicarem sua campanha ao veicular menos inserções da campanha do atual presidente que as de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os documentos e gravações foram anexados a um processo enviado ao TSE na noite de ontem. Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal, determinou que a campanha do candidato do PL apresentasse provas sobre as acusações.

No relatório, a título exemplificativo, a campanha apresentou relatório sobre oito rádios da Bahia e de Pernambuco. De acordo com a peça, que foi anexada à ação movida pela campanha ontem, o atual presidente teve 1.105 inserções entre 7 e 14 de outubro, enquanto Lula (PT) teria tido 1.835 no mesmo período - uma diferença de mais de 700 inserções no período.

Em entrevista coletiva realizada na noite desta segunda-feira (24), o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e o ex-secretário de Comunicação Social do governo federal, Fábio Wajngarten, disseram que entre 7 e 21 de outubro, Bolsonaro teve 154 mil inserções a menos que a campanha de seu adversário.

Em um vídeo divulgado na noite desta terça, Faria diz que houve supressão ou migração de comerciais que seriam de Bolsonaro para Lula.

“Cabe esclarecer que não se trata de qualquer questionamento acerca do sistema eleitoral ou sobre a atuação do TSE, o que estamos apontando é a absurda supressão ou migração de comerciais que Bolsonaro teria direito em favor da campanha de Lula”, afirmou.

Todas as informações são baseadas nas gravações da programação integral das rádios 24 horas por dia. São 1.122 rádios da região Nordeste e 289 na região Norte, de acordo com o ministro.

“O que solicitamos é que seja restabelecido um mínimo de isonomia entre as campanhas e que se repare os danos a eventuais prejuízos decorrentes da não veiculação das inserções a que a campanha do presidente Bolsonaro teria direito”, afirmou.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.