Além das críticas ao governador Romeu Zema (Novo), que não compareceu, o debate entre candidatos ao Governo de Minas na TV Alterosa na noite deste sábado (17) virou palanque de disputa entre os que apoiam o ex-presidente Lula (PT) e o que defende o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
Em diversos momentos, candidatos aproveitaram perguntas, respostas, réplicas e tréplicas para apoiarem seus aliados e criticarem os adversários. Do lado do petista, o candidato Alexandre Kalil (PSD) - que tem o apoio formal de Lula - e Lorene Figueiredo (PSOL), cujo partido faz parte da chapa do petista na disputa nacional. De outro, o senador Carlos Viana (PL), do mesmo partido de Bolsonaro e que é vice-líder do governo no Senado Federal.
No segundo bloco, Lorene questionou Viana sobre sigilo de 100 anos que o o governo federal impôs a diversos assuntos, como as reuniões entre o presidente Jair Bolsonaro e pastores acusados de favorecimento no Ministério da Educação e até ao cartão de vacinação do chefe do Executivo federal. A candidata do PSOL também citou o orçamento secreto.
“A gente não pode permitir nem o silêncio de 100 anos naquilo que o governo federal faz, muito menos silêncio sobre a isenção fiscal aqui em Minas Gerais. Tanto o Bolsonaro quanto o Romeu Zema tem um cuidado enorme em esconder as contas mas que, muitas vezes escorrem pelos dedos, como é o caso do orçamento secreto, do Congresso Nacional. Aqueles recursos que tinham que estar na merenda escolar, que está a 5 anos sem aumento, temos 4,5 milhões de mineiros passando fome. Famílias sem moradia. Temos um presidente insensível, que usa os recursos para molhar a mão no Centrão e, aqui, a farra da isenção fiscal”, afirmou.
Viana saiu em defesa das acusações contra o presidente.
“Partido que distorce informações para mentir à população deveria ser extinto e acho que o PSOL é o primeiro da lista. Eu achava que era o Novo mas já vi que tem outros partidos aqui que a própria história vai tirar”, disse. “Não existe orçamento secreto, não há 1 real que saia do orçamento sem ser fiscalizado e seja publicizado. Essa questão ganhou uma narrativa muito grande porque o Congresso assumiu isso como base de governo”, explicou.
Para o candidato do PSD, programas adotados durante a gestão do petista fazem falta para o Norte e os vales do Mucuri e Jequitinhonha.
“Kalil, vamos falar sobre seca. O que fazer para conviver com ela nas regiões de Minas Gerais?”, perguntou Viana.
“Tem que voltar com os programas do presidente Lula, no Jequitinhonha, no Mucuri, no Norte de Minas. Para ter água, precisa de luz. Precisa de um programa ousado, como foi feito pelo presidente Lula, um programa reconhecido por aquele povo e é por isso que ele tem uma votação histórica naquela região, de poço artesiano e de levar luz”, respondeu.