A candidata do PSOL ao governo de Minas, Lorene Figueiredo, fez duras críticas às mineradoras e prometeu cassar a licença para que as empresas atuem no estado. Lorene afirmou que as multas impostas às mineradoras não representam nada em comparação com as vidas perdidas em rompimentos de barragens.
“O lucro não pode estar acima da vida das pessoas. É inaceitável que alguém considere encerrada as discussões (sobre mineração no estado). Nenhuma mineradora que promova esse tipo de crime deveria continuar a ter licença para minerar”, afirmou.
Ela afirmou que, se eleita, pretende cassar a licença de mineradoras como a Vale. “A Vale nunca deveria ter sido vendida. A Vale privatizada é que é criminosa, enquanto ela foi pública, jamais houve esse tipo de coisa. Ela produz empregos, mas nós também podemos produzir empregos. E temos uma proposta de diversificação da economia”, explicou Lorene.
A candidata criticou o acordo de reparação fechado entre o governo estadual e a Vale pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019. “Acordos e multas não são nada, quando sabemos que a Vale e a Samarco sabiam por onde a lama ia passar, sabiam quanto tempo levaria para a lama chegar nas cidades, e sabiam quantas pessoas iriam morrer. Eles jogaram com a vida das pessoas e resolveram pagar o que estão pagando em indenização”, afirmou a candidata.
Lorene Figueiredo foi entrevistada nesta quinta-feira (15) no Jornal da Itatiaia 1ª Edição. Ela foi a quarta candidata ouvida pelos jornalistas Júnior Moreira e Edilene Lopes, na série de entrevistas com os candidatos ao governo de Minas.
Também já foram entrevistados os candidatos Alexandre Kalil (PSD), Carlos Viana (PL) e Marcus Pestana (PSDB). Nesta sexta-feira (16), será a vez do governador Romeu Zema (Novo).
