A candidata ao governo de Minas pelo PSOL, Lorene Figueiredo, afirmou que os partidos de esquerda estão sendo atacados com mentiras e calúnias por parte da classe rica do país. Em entrevista à Itatiaia, nesta quinta-feira (15), Lorene afirmou que os representantes do PSOL têm pouco espaço para apresentar suas ideias e por isso enfrentam dificuldades em conquistar espaço na política.
“A esquerda está sendo atacada por calúnias, mentiras e difamações orquestradas por um conjunto de super ricos que vêm sendo beneficiados pelos governos de Bolsonaro e Zema. Empresários que recebem benefícios, como isenções fiscais bilionárias”, disse.
Questionada sobre a dificuldade de alguns nomes do PSOL engrenar nas pesquisas eleitorais, Lorene criticou o sistema de campanha do país. Segundo ela, o atual modelo privilegia os mais ricos. “Essa semana eu fui convocada por uma grande emissora de TV para dar uma entrevista, os dois candidatos que estavam à frente tiveram 30 minutos de entrevista. Eu, quando fui lá, tive tempo para responder duas perguntas”, reclamou Lorene.
Lorene fez duras críticas ao governador Romeu Zema e ao presidente Jair Bolsonaro, dizendo que são governos de “extrema-direita” e com “traços fascistas”.
“Precisamos dizer que existe hoje um partido de extrema-direita, ultraliberal, com traços fascistas governando Minas, e que é aliado de Bolsonaro. Um governo que é bom gestor para os milionários e não para o povo”, afirmou.
Metrô de BH
Lorene Figueiredo criticou o processo de concessão do metrô de Belo Horizonte e disse que, se eleita, vai lutar contra todos os processos de privatização em andamento no estado.
“Querem vender a CBTU por um preço inicial de R$ 227 milhões, isso não paga sequer a frota de trens. Mas já existe uma conversa de injetar R$ 3,2 bilhões no metrô. Doação de capital de giro para empresários. É muito fácil ser empresário neste país”, afirmou a candidata do PSOL.