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Caça poderá ler a mente dos pilotos? Países desenvolvem inteligência artificial para a aviação

Aeronave projetada pelo Japão, Reino Unido e Itália utiliza de sensores para monitorar o piloto

Imagem 3D do design do Tempest

O Japão, o Reino Unido e a Itália anunciaram uma parceria para o desenvolvimento de um caça de última geração. O veículo utilizará de sensores no capacete do piloto para acompanhar seus sinais cerebrais e outros dados médicos.

A parceria foi anunciada pelo primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que firmou que essa junção de recursos dos países “manterá os países a salvo de novas ameaças que enfrentamos”.

“Somos um dos poucos países do mundo que tem a capacidade de construir caças tecnologicamente avançados”, afirmou o primeiro-ministro.

O caça, denominado “Tempest” deverá substituir o Typhoon, atual aeronave do Reino Unido. Ele tem previsão para começar a ser utilizado na década de 2030 e também poderá voar em piloto automático e disparar mísseis hipersônicos.

Precisa de grana

É preciso um alto investimento para construir uma aeronave deste calibre, por isso o Reino Unido busca parceiros. A Itália já estava no projeto desde o início. Já o Japão ingressou no momento em que os britânicos estão estreitando laços com países do oriente, por conta da preocupação com o crescimento da China.

Outras nações ainda podem aderir ao projeto. Os Estados Unidos já trabalha no seu próprio jato, assim como Espanha, Alemanha e França, que trabalham em um modelo semelhante ao do Tempest.

Pioneiro de novas tecnologias

O Tempest será pioneiro de novas tecnologias, que terão de ser construídos do zero.

“No passado, os gastos com defesa frequentemente impulsionavam avanços, e a tecnologia comercial alcançava tudo mais tarde. Agora, a tecnologia comercial é frequentemente mais avançada. Temos que lidar com o ritmo da mudança da tecnologia”, disse John Stocker, diretor de desenvolvimento de negócios do consórcio responsável pelo caça Tempest.

* sob supervisão de Enzo Menezes