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Interpol alerta para crescimento de crimes no metaverso

Instituição aponta possibilidades que surgiram com a nova plataforma

Interpol tem réplica de sede no metaverso

Um alerta da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) destaca que ferramentas e inovações do metaverso podem ser utilizadas em novos tipos de crime cibernético, bem como facilitar práticas ilícitas no mundo real. Outra entidade preocupada com a criminaliade no metaverso é a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol).

Um relatório recente da organização aponta que grupos terroristas podem usar o ambiente futuramente para defender suas causas, recrutar e treinar novos integrantes. A Interpol tem pensamento semelhante: Madan Oberoi, diretor executivo de tecnologia e inovação da instituição, aponta que o espaço digital pode ser usado, por exemplo, para planejar e simular ataques.

Além disso, segundo ele, fraudes comuns, como o phishing, podem chegar a um novo nível ao combinar realidade aumentada e realidade virtual. Outra preocupação da entidade é a segurança de crianças no meio online.

Para a Europol, entre outros usos ilícitos desse ambiente está o rastreamento de informações pessoais por perseguidores e chantagistas. Como forma de combater essas práticas, a Interpol inaugurou uma delegacia no metaverso. O projeto já está funcional e é uma versão virtual da sede da entidade, que fica em Lyon, na França.

O Metaverso da Interpol, como a iniciativa foi chamada, permite que os policiais participem de treinamentos, troquem informações e executem outras tarefas com seus avatares. Interessados podem visitar a unidade, interagir com os oficiais e até participar de cursos relacionados a perícia e outras atividades.