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Com brinquedos de NFTs, empresa fatura mais de R$ 3,5 milhões

Representações físicas das artes digitais fazem sucesso entre investidores

Empresa já faturou mais de R$ 3,5 milhões com representações reais de NFTs

Primeiro os artigos reais viraram tokens não fungíveis ( NFTs). Agora, alguns estão se transformando em objetos reais. A ideia foi de Ricky da Luz, de 18 anos: o jovem percebeu que os investidores de NFTs gostam de representações físicas das artes digitais.

Criou, então, bustos, figuras de ação e brinquedos inspirados na coleção Bored Ape Yacht Club (BAYC). Com eles, lucrou cerca de US$ 700 mil (cerca de R$ 3,6 milhões) a partir de um investimento de US$ 10 mil (R$ 52,3 mil).

A Ism Toys foi aberta em parceria com o pai, Tony da Luz, e inicialmente oferecia brinquedos gratuitos a investidores do BAYC. Ele entrou em contato pelo Twitter com 100 usuários que tinham NFTs do BAYC como foto de perfil.

Cerca de cinco responderam. Um deles aceitou o brinde da empresa e depois o mostrou a outros detentores de NFTs do BAYC. Em janeiro de 2022, a companhia recebeu as primeiras encomendas pagas de itens que custam entre US$ 50 e US$ 2.400.

Já no primeiro contrato, o lucro foi de US$ 400. De lá para cá, já foram mais de 300 encomendas e outras 200 já estão na fila. Entre as transações, 99% são pagas com a criptomoeda Ethereum — os NFTs do BAYC foram construídos na mesma blockchain.

Para Luz, a comunidade do BAYC é extremamente importante para a companhia. O criador da Ism Toys destaca que os investidores da coleção têm uma ligação forte com a empresa e continuam sendo seus maiores parceiros.

À Business Insider, um consumidor da Ism Toys diz que quando se está emocionalmente ligado a algo, quer vê-lo e celebrá-lo o tempo todo. “Estou emocionalmente ligado ao meu Bored Ape, então ter brinquedos do meu macaco reforça meu apego emocional à minha personalidade digital.”

Luz lembra que, embora muitos estejam interessados no metaverso, ainda vivemos no mundo físico e temos itens reais. “Ter algo que se possa tocar, uma representação física de sua identidade, é gigantesco”, avalia.