O dramaturgo Zé Celso
No entanto, o local é propriedade de Silvio Santos, que adquiriu o imóvel há mais de 40 anos para construir prédios com até 100 metros de comprimento. Desde então, o dramaturgo lutava na Justiça para evitar o empreendimento imobiliário.
O Parque do Rio Bixiga seria público, e resultado de um acordo entre a prefeitura de São Paulo e Silvio Santos, com a permuta de terrenos. O projeto para criação do local foi aprovado em duas votações. No entanto, Eduardo Tuma, ex-Presidente da Câmara Municipal de São Paulo que assumiu a prefeitura da cidade provisoriamente quando Bruno Covas estava doente, vetou o Projeto de Lei.
Em homenagens ao dramaturgo, alguns artistas levantaram a criação do parque como uma forma de honrar a vida de Zé Celso. “Vamos fazer daquele teatro o templo do Zé e de todos nós. Um lugar de força, de encontro e para manter a chama dele. Não foi à toa que ele ardeu até o fim. É muito triste. Eu fico muito triste, ele não merecia ir embora, mas assim é a vida, a vida não faz o menor sentido. A gente fica aqui tentando buscar o sentido”, disse a atriz Julia Lemmertz ao dar entrevista à GloboNews.
O ator Paulo Betti, outro admirador de Zé Celso, também reivindicou a criação do parque. “Nos últimos muitos anos, ele tinha uma luta, que era dar ao Bexiga, em São Paulo, um pouco de respiro com uma praça ao lado do Teatro Oficina. É isso que a memória do Zé merece”.
(Sob supervisão de Luiza Rocha)