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Acusado de estelionato, cantor Eduardo Costa tem 15 dias para provar inocência

Cantor prestou depoimento na 11ª Vara Criminal de Belo Horizonte na última segunda (10)

Cantor teria negociado imóvel alvo de desapropriação

Acusado de estelionato, o cantor Eduardo Costa, de 44 anos, compareceu à 11ª Vara Criminal de Belo Horizonte, no bairro Barro Preto, na região Centro-Sul, na última segunda-feira (10), para prestar depoimento. Em 2015, o sertanejo teria vendido uma casa em Capitólio, no Sul de Minas Gerais, sem comunicar aos novos donos que o imóvel era alvo de desapropriação do Ministério Público Federal (MPF).

O imóvel vendido por R$ 5,6 milhões fica às margens do Lago de Furnas e é alvo de desapropriação pela União desde 2013. À época, a casa foi trocada por uma mansão na Lagoa da Pampulha, na capital, avaliada em R$ 9 milhões. O restante do valor foi quitado com bens de luxo, incluindo carros e barcos. Agora, os novos donos alegam que foram enganados pelo sertanejo.

O cantor foi interrogado pelo juiz José Xavier Magalhães Brandão, que ouviu também testemunhas de acusação e de defesa. Na ocasião, os advogados de Eduardo Costa pediram prazo para apresentar laudos periciais, certidões atualizadas de registros de imóvel da capital e de Piumhi, além de outros documentos. O magistrado deferiu o pedido e estipulou prazo máximo de 15 dias para os mesmos.

Após o período, o Ministério Público estadual e a defesa do sertanejo devem apresentar as últimas alegações antes do juiz proferir a sentença final - que não tem prazo estipulado.

Demolição

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu notificação de cerca de 240 construções - localizadas em Áreas de Preservação Permanente da região do Lago de Furnas - que possuem risco de demolição.

Os novos donos do imóvel - que pertencia a Eduardo Costa - garantem que não sabiam dessa situação e acusam o cantor de estelionato.

O órgão pede a condenação do sertanejo para “reparação dos danos causados pela infração penal”. Um dos sócios de Eduardo, inclusive, aceitou a proposta do Ministério Público de suspensão condicional do processo, com a concordância das vítimas, e vai cumprir algumas medidas cautelares como o pagamento de cinco salários-mínimos, equivalente a R$ 6,5 mil.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.