Moradores de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, denunciam abordagens violentas feitas por um cabo da Polícia Militar que atua na cidade. Por meio das redes sociais e em grupos de WhatsApp, eles organizam um protesto pacífico contra a situação, marcado para 1 de julho.
A publicação convoca os moradores, principalmente entregadores de aplicativo, para se reunirem em protesto na avenida Brasília, uma das mais importantes de Santa Luzia. De acordo com o anúncio, eles vão sair em carreata e “pedir melhorias para a nossa classe”.
Abordagens
Nesta semana circulam vários vídeos que mostram abordagens que teriam sido realizadas pelo policial. Em uma delas, um homem é contido por três PMs enquanto uma mulher, parente do homem detido, tenta filmar a abordagem. O cabo pede para ela não se aproximar, pede para ela não encostar nele e, após empurrá-la, questiona: “quer levar outra?”.
Em outro vídeo, um homem algemado resiste ao tentar ser colocado dentro da viatura. O policial puxa o braço dele e joga o homem contra a viatura, fazendo o rosto dele atingir o veículo com força. O impacto foi registrado pela câmera, que está a muitos metros do local da ação.
Denúncia antiga
O mesmo cabo da Polícia Militar foi denunciado em 2020. A Itatiaia publicou, na época, a denúncia de um vendedor autônomo e sem antecedentes criminais que
Na época, o ambulante foi à corregedoria para denunciar o policial. Dias depois, ele
Outro lado
Em contato com a Itatiaia, o tenente-coronel Flávio Santiago, da Polícia Militar de Minas Gerais, disse que o uso da força é necessário durante algumas abordagens policiais, mas informou que a Polícia Militar mineira é considerada a PM menos letal do país.
Em relação à denúncia de 2020, Flávio Santiago afirma que ela foi apurada pela corregedoria e pelo Ministério Público, mas o processo foi arquivado por falta de provas de conduta irregular por parte do militar.
A Itatiaia também entrou em contato com a corregedoria da Polícia Militar para saber o posicionamento do órgão em relação às acusações e ao protesto, e aguarda retorno.