A Polícia Militar (PM) prendeu, na manhã desta terça-feira (18), a mulher suspeita de explorar duas crianças encontradas abandonadas em um apartamento do bairro Lagoinha, na região Noroeste de Belo Horizonte, em fevereiro deste ano. Conhecida como Terezinha, a mulher estava com mandado de prisão em aberto e foi encontrada na Avenida Amazonas, no Centro de Belo Horizonte.
Conforme informações iniciais, ela estava com mais duas crianças, disse para os policiais que era avó das meninas e passou nome falso.
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Terezinha é apontada como avó adotiva das crianças, de 6 e 9 anos, abandonadas na Lagoinha. Na ocasião, de acordo com a PM, as crianças deram nomes falsos aos policiais, seguindo orientação da avó, que não foi encontrada no local.
As crianças estavam há três dias sem comida e banho. Os militares envolvidos na ocorrência só descobriram que os nomes falsos quando foram ao hospital Odilon Behrens para saber informações sobre o estado de saúde. A mãe e as crianças exploradas vieram de Goiás. A suspeita é que a mulher foi atraida por Terezinha com a promessa de emprego.
Entenda o caso
O caso envolvendo a suspeita é complexo. As crianças são filhas de uma mulher que está presa em razão da
As crianças foram encontradas abandonadas no imóvel do bairro Lagoinha após uma vizinha acionar PM e denunciar que elas estavam há três dias sem comida e banho.
A vizinha que encontrou as crianças afirmou nunca as ter visto no prédio. No apartamento estavam duas mulheres, Terezinha e uma filha, que não foram encontradas em no imóvel.
Filho morto
Conforme registro policial sobre a ocorrência do dia 6 de fevereiro, a mãe disse que dormia com duas crianças em um quarto e o filho que morreu estava em outro cômodo. A mulher contou que as crianças acordaram para fazer xixi e ela encontrou o filho de quatro anos caído no chão de barriga para baixo, com os olhos roxos e sem responder aos chamados. Ela então teria chamado o namorado, que estava no quintal, e levado o menino para a UPA, onde chegou morto.
A mãe apresentou versões diferentes para justificar os ferimentos do filho: ele teria caído e sido queimado por uma lagarta.
Acionada, a PM foi até a casa da família e encontrou as outras crianças com sinais de desnutrição, na casa de uma vizinha. Elas foram levadas ao Conselho Tutelar.
O namorado dela, filho de dona Terezinha, foi preso no dia seguinte por suspeita de participação no crime e, no dia 17 de fevereiro, teve o pedido de revogação da prisão preventiva negado pela Justiça.
Dopada
A mãe das vítimas, que está presa desde o dia 6 de fevereiro.
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