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Prefeitura de BH oficializa pedido para doação de terreno do Aeroporto Carlos Prates; veja os próximos passos

Município aguarda, agora, documentação oficial para suspensão dos voos no local no dia 1º de abril

Aeronave despencou em cima de casas após decolar do Aeroporto Carlos Prates; piloto morreu

Três dias depois de uma aeronave que decolou do Aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, despencar sobre casas de moradores da região, a Prefeitura de Belo Horizonte oficializou pedido para que o governo federal repasse o terreno ao município.

O objetivo é transformar desativar o aeródromo e transformar parte do terreno em um parque e construir moradias para a população de baixa renda no local. Segundo a prefeitura, as intervenções devem custar cerca de R$ 500 milhões.

Mais cedo, a caminho de Brasília, onde participou do encontro da Frente Nacional de Prefeitos, o chefe do Executivo municipal, Fuad Noman (PSD) já havia confirmado para o dia 1º de abril a suspensão de voos no Aeroporto.

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O primeiro passo para acabar com o aeródromo foi dado hoje, com a entrega, pela Prefeitura de Belo Horizonte, de um ofício à ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, para a doação do terreno, que pertence à União, para o município.

“Tive a oportunidade de encontrar o presidente Lula e agradecê-lo pelo empenho e apoio em resolver o problema do Aeroporto Carlos Prates, bem como outras demandas de BH”, disse o prefeito Fuad Noman.

Agora, cabe a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitir um documento que informa sobre a suspensão dos voos e a desativação do aeródromo. Depois dessa etapa, a prefeitura pode começar as primeiras intervenções no local, como o cercamento do terreno, arborização e vigilância.

Após essa medida, o ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos pode proceder para a doação do terreno, de forma oficial.

Parque e casas populares

Em janeiro, durante uma visita a Brasília, Fuad Noman apresentou aos ministros Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, e Márcio França, de Portos e Aeroportos, um projeto para a construção de cerca de 2 mil casas populares além de um parque e um pólo industrial não-poluente no local.

Ainda não há data para o início das obras.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.