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Polícia identifica suspeito de agredir humorista Gustavo Mendes: caso será tratado como lesão corporal

Polícia Civil agora vai apurar motivações da agressão e conduta do humorista na denúncia

Humorista denunciou tentativa de assalto em Juiz de Fora no dia 5 de janeiro

A Polícia Civil divulgou as primeiras informações da investigação sobre denúncia de tentativa de assalto contra o humorista Gustavo Mendes em Juiz de Fora, na Zona da Mata, no dia 5 de janeiro. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (11), a PC confirmou que a primeira fase de trabalhos foi concluída.

"À princípio, foi narrado como tentativa de assalto, mas a conclusão nesta fase de investigação é de que houve lesão corporal”, pontuou o delegado Daniel Buchmuller. Os policiais tiveram acesso a câmeras de segurança próximas ao local do ocorrido, que mostram mais de uma discussão entre o humorista e o homem tido como o agressor.

“O agressor, não satisfeito, pega duas pedras e acerta a cabeça do Gustavo. Nesse momento, o Gustavo inicia uma perseguição, porque o agressor evade do local, e nesse momento, ele se encontra com a companheira do agressor, que estava no local mas não participa da agressão”, completou Buchmuller.

Na sequência, começa nova discussão envolvendo o trio, até que duas testemunhas chegam e também participam. “Essas duas testemunhas tiveram contato com a companheira e o agressor, que retorna ao local depois. Isso foi fundamental, porque descobrimos quem era o agressor e a companheira. Mostramos as fotografias às testemunhas e ao Gustavo, e todos foram reconhecidos”, explicou o delegado.

A próxima fase da investigação vai tratar tanto da motivação da agressão como da conduta do humorista. Isso porque, segundo Buchmuller, “se ficar comprovado que a vítima mentiu dolosamente, alegando ter sido assaltada, ele poderá responder por denunciação caluniosa”.

Relembre

Na última quinta-feira (5), o humorista foi às redes sociais e publicou um vídeo afirmando ter sido agredido em Juiz de Fora. Ele estava enfaixado, e mostrou manchas de sangue na calça.

“Me agrediram, tomei pontos na cabeça, ela dói muito ainda, mas de tudo isso é muito triste saber que Juiz de Fora parece estar largada. O celular está cheio de sangue, todo manchado, minha calça cheia de sangue, não sei se vocês veem. Ainda está me caindo a ficha do tamanho da agressão que eu sofri. Eu não quero sofrer isso em nenhum lugar do país”, disse.

Após ser agredido, Gustavo foi levado para o Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira, onde foi atendido e liberado.

Jornalista formado na PUC Minas. Experiência com reportagens, apresentação e edição de texto em televisão, rádio e web. Vivência em editorias de Cidades e Esportes.