André de Pinho, promotor do Ministério Público de Minas Gerais,
O interrogatório durou cerca de cinco horas e foi conduzido pelo Desembargador Wanderley de Paiva, relator do processo. Emocionado, o promotor chegou a chorar enquanto narrava os momentos finais da vida de Lorenza. Ele fez duras críticas ao trabalho da Polícia Civil, afirmando que o caso foi vazado à imprensa e que os policiais invadiram a casa dele de forma truculenta no momento da prisão.
Além de questionar o trabalho policial, André voltou a negar ter matado a companheira, e na versão dele, Lorenza morreu por autointoxicação.
“A vida da Lorenza era uma guerra, e em uma guerra, a gente não deixa para trás alguém que está ferido”, finalizou André no depoimento. Após o encerramento, audiência foi finalizada momentaneamente, e só retorna após o recesso de fim de ano.
Depois disso, defesa e acusação ainda terão um prazo para trabalho antes que o desembargador dê o voto. Na sequência, haverá votação do órgão especial do Tribunal de Justiça, composto por 25 desembargadores. A expectativa é que a audiência seja concluída próximo ao Carnaval.