Ouvindo...

Número de cães mortos com suspeita de intoxicação por petiscos sobe para nove

Outros seis cachorros seguem internados em Belo Horizonte

Cães teriam morrido após comerem petiscos

A Polícia Civil confirmou, em entrevista coletiva realizada à tarde desta quinta-feira (1º), que o número de cães mortos por intoxicação “misteriosa” subiu para nove. Sete casos foram registrados em Minas Gerais - seis em Belo Horizonte e um em Piumhi, no Centro-Oeste do Estado - e dois em São Paulo. Além disso, a instituição explicou que outros seis animais estão internados na capital. A suspeita é de que os cães tenham ingerido petiscos contaminados. Os laudos periciais ainda não foram divulgados.

A investigação teve início após tutores desconfiarem da morte de dois cães e levarem corpos para serem analisados pela Escola Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Conforme laudo de necropsia, os animais morreram por “lesões renais graves” em decorrência de consumo de etilenoglicol - que donos suspeitam estar em petiscos.

Conforme Silvia Valamiel, advogada de defesa, assim que os animais começaram a passar mal, eles foram levados para atendimento veterinário no bairro Floresta, na região Leste de Belo Horizonte, onde foram diagnosticados com “injúria renal aguda”.

Os donos recordaram que os animais - sendo cinco - haviam ingerido petiscos, levantando a suspeita de que eles poderiam ter causado o mal estar e a morte de dois deles. Com o documento em mãos, eles procuraram a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência.

No decorrer das investigações, a polícia recebeu informações de outros casos da capital, Piumhi e São Paulo. A instituição orienta que tutores procurem a Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor - onde tramita o procedimento investigativo - na Rua Martim de Carvalho, número 94, no bairro Santo Agostinho - em caso de suspeitas.

De acordo com a polícia, estão sendo periciados três petiscos diferentes de uma mesma marca.

Lote retirado do mercado

Procurada pela reportagem, a Bassar Pet Food declarou que os petiscos sob suspeita foram enviados para análise em um laboratório e, por precaução, determinou o recolhimento do lote 3554 do petisco Everyday – confira abaixo a nota na íntegra.

A Bassar Pet Food informa que enviou os produtos citados para análise no laboratório no Centro de Qualidade Analítica, cujo resultado deve ser divulgado nos próximos dias. Por precaução, a companhia iniciou a retirada do mercado do lote 3554 do produto Everyday.

A empresa informa que vem tomando todas as providências para esclarecimento do fato desde o dia em que recebeu o primeiro relato de possível intoxicação. A Bassar reforça que não há nenhum laudo conclusivo sobre a causa das mortes dos cães e está segura da excelência e da segurança de seus processos de fabricação.

Funcionários do Ministério da Agricultura realizaram inspeção na empresa em diferentes ocasiões nos últimos dias e atestaram que a fábrica atende a todos as normas de segurança alimentar e de produção. Os laudos do MAPA comprovam ainda que não há contaminação na linha de produção.

A companhia não utiliza e nunca utilizou o etilenoglicol na fabricação de nenhum de seus produtos. O propilenoglicol utilizado é um aditivo alimentar presente em alimentos humanos e animal em todo o mundo. A Bassar adquire esses insumos de empresas idôneas e devidamente registradas no MAPA.

Em seus 5 anos de história, a Bassar Pet Food jamais passou por situação semelhante, se solidariza com a dor dos tutores e reforça a confiança nos processos de fabricação, além de reiterar que preza pela qualidade de seus produtos e pelo bem-estar e satisfação de seus clientes.

Atualizada às 18h48.

Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.