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Última greve do metrô de BH durou 41 dias e prejudicou 70 mil passageiros diariamente, segundo a CBTU

Paralisação aconteceu entre 21 de março e 1º de maio, e foi a maior da história do metrô da capital

Atividades serão interrompidas por tempo indeterminado nesta quinta

Com o anúncio de mais uma greve no metrô de Belo Horizonte, passageiros que dependem do transporte coletivo precisarão, mais uma vez, encontrar alternativas para deslocamento na capital. A confirmação foi feita nesta quarta-feira (24) pelo Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), e a paralisação total começa nesta quinta (25).

Essa é a segunda greve no sistema só em 2022. Entre 21 de março e 1º de maio, o sistema foi interrompido pela categoria em luta pela defesa de aproximadamente 1,5 mil empregos, que temem serem extintos após a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Minas Gerais. A reivindicação foi mantida, mas agora acompanha o aval do Tribunal de Contas da União (TCU) para o processo de desestatização.

Nos 41 dias de duração da última greve, a CBTU estimou que aproximadamente 70 mil passageiros foram prejudicados a cada dia útil, no que foi a paralisação mais longa da história do metrô de BH. Até então, o período mais longo tinha sido em 2012, quando a paralisação durou 38 dias - entre 14 de maio e 20 de junho - em reivindicação por aumento de salário, bonificações e plano de saúde integral.

“O TCU abriu as portas de vez para privatização do metrô e, consequentemente, a demissão dos trabalhadores concursados. Então os trabalhadores não têm mais nada a perder. Os cartazes já foram colocados nas estações avisando a população”, publicou o Sindimetro-MG em nota.

A CBTU, por sua vez, afirmou que “está tomando todas as medidas administrativas e judiciais possíveis, incluindo pedido de liminar, a fim de garantir a manutenção do serviço de transporte sobre trilhos à população da Região Metropolitana de Belo Horizonte”.

A privatização do transporte na capital prevê investimentos de R$ 3,8 bilhões. Até setembro, o governo deverá divulgar o edital e, em novembro, realizar o leilão.

Jornalista formado na PUC Minas. Experiência com reportagens, apresentação e edição de texto em televisão, rádio e web. Vivência em editorias de Cidades e Esportes.
Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.