O anestesista Geovanni Quintela Bezerra, acusado de ter estuprado uma paciente durante o parto, realizado no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, começará a ser julgado no próximo dia 12. Ele está preso no Pavilhão 8 do complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
O Fantástico teve acesso aos trechos inéditos do vídeo usado como prova para a prisão em flagrante do anestesista. As cenas mostram que Giovanni colocou em risco a vida da paciente para ter a oportunidade de abusar dela.
Entretanto, segundo informações obtidas pela reportagem veiculada nesse domingo (4), a Defensoria Pública alegou que a gravação do vídeo é ilegal pois foi feita sem conhecimento dos envolvidos, nem autorização da polícia ou do Ministério Público. O argumento não foi aceito pela Justiça, que entendeu crimes como esse são cometidos às escondidas.
A Justiça negou e afirmou que a liberdade de Giovanni oferece sim risco não só à ordem pública, à vítima e às testemunhas. A defesa ainda pediu um teste de sanidade.
Sedativos
Segundo a reportagem, para cometer o crime, o anestesista aplicou, de acordo consta no inquérito, sete doses de sedativos potentes, como cetamina e propofol, que não são indicados para a realização de cesarianas.
O Fantástico teve acesso ainda ao laudo da perícia que aponta o uso de uma quantidade de anestésicos acima do que é normalmente utilizado no procedimento.
Alarme disparou
A TV Globo teve acesso aos trechos inéditos do vídeo usado como prova para a prisão em flagrante do anestesista. As imagens mostram alarmes sonoros.
Segundo a perícia, os alarmes são do monitor multiparâmetro, que podem corresponder à queda de saturação de oxigênio da paciente, porque, além da sedação e da falta de máscara de oxigênio.
Isso devido à sedação, a da falta de máscara de oxigênio, e a obstrução das vias aéreas da vítima . O barulho do alarme chama a atenção dos médicos.
O anestesista desativa o sinal sonoro, enquanto continua o estupro.